O homem, com suas inquietações, não poderá obter respostas, se não percorrer um caminho, tendo condições ou não, de consegui-las, pois o importante, para diminuir as inquietações, é caminhar, puro e simplesmente; movimentar-se. Seu duplo será eficaz nessa procura, nesse processo. É ele quem refletirá suas angústias, o provocador de atitudes, mesmo que elas sejam a recusa, o desvio do olhar. Não há condições, na contemporaneidade, de desistir do outro, pois que, desistir do outro é desistir de si.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Eu, eu mesmo...
O homem, com suas inquietações, não poderá obter respostas, se não percorrer um caminho, tendo condições ou não, de consegui-las, pois o importante, para diminuir as inquietações, é caminhar, puro e simplesmente; movimentar-se. Seu duplo será eficaz nessa procura, nesse processo. É ele quem refletirá suas angústias, o provocador de atitudes, mesmo que elas sejam a recusa, o desvio do olhar. Não há condições, na contemporaneidade, de desistir do outro, pois que, desistir do outro é desistir de si.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Livro (-me)
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Reconhecimento, fama e fortuna
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Diários, semanários, mensários, anuários...
“... Poupo meus não filhos do conflito com o paterno, com a fúria do ser descendente. Poupo meus não filhos da dor de nunca se ser sem ser imagem e semelhança. Poupo meus não filhos de terem que se esquivar de si na busca da perfeição prometida. Poupo meus não filhos de viver.”
“... Entre lados estou seco. Paredes de solidão. Só batem à porta os deuses. Os semideuses invadem as moradas dos mortais fazendo a festa dos pecadores. Solitário, esfrego minhas mãos à espera. Gotas pingam em gotas. Entre elas as luzes se entendem. Eu não entendo. Desvio a vela e sopro para outro norte mais desnorteado do que outrora. Desapareço de mim e fim. O fim é. Na esfera do absoluto tudo está contido. Em mim, o ser, não é.”
“... Ultimamente tenho a impressão de que todas as retas estão tortas. Minha visão entrega sinuosidade em qualquer estrutura linear. Vejo as curvas tortuosas de toda régua construída para alinhar. As linhas dos cadernos parecem leitos de rios onde minha caneta navega tentando não colidir com as margens...”
Dias 08 de novembro e 12 de dezembro transcrevi outros. E assim vão passando os dias, os meses, os anos... dia 07 de janeiro se aproxima... aguardem novidades... e não guardem segredos.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
O artista, os editais, a estabilidade, a efemeridade e o teatro
domingo, 12 de dezembro de 2010
... de véspera!
sábado, 11 de dezembro de 2010
No forno
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Diálogo da dança com o teatro
domingo, 5 de dezembro de 2010
O Papel do cru na pequena companhia de teatro
Este fragmento do Manifesto Danado, escrito para a estreia do espetáculo Deus Danado em Mossoró, sintetiza o conceito da crueza. Quando a pequena fala em cru, quer dizer da não diluição das percepções. Não falamos apenas da estética, falamos da encenação como um todo. De não facilitar para o espectador. Os materiais trabalhados e a crueza do acabamento reforçam isso. Exige do espectador uma disposição para a leitura. Uma disposição para a compreensão além do óbvio. Quando Deusdete Dias, membro da Nação Acadêmica De Artes (N. A. D. A.), pergunta sobre os livros de Pai & Filho toca no ponto. O papelão está aparente, cru, tosco. É o trabalho do ator e a disposição do espectador que transformam aquele amontoado de papelão em elementos vivos da narrativa. Já a crueza da representação dos atores escapa ao naturalismo. Exige do espectador um olhar não televisivo. As personagens nunca são aquelas do cotidiano. São seres ampliados, cuja lente de aumento revela as imperfeições, não só da alma, mas do corpo. Em outro fragmento o manifesto diz: “... Evitemos o desperdício do tempo alheio com obviedades, com composições televisivas, com burocracia cênica.” Evitemos. Ofereçamos ao espectador um novo desafio a cada encenação. Não deixemos que a “zona de conforto”, de que tanto fogem os artistas, caia no colo do espectador, aquele que é o destino final da arte, queiramos ou não.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Eu me manifesto
domingo, 28 de novembro de 2010
O papel da manufatura em Pai & Filho
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Schopenhauer
domingo, 21 de novembro de 2010
O papel das cores em Pai & Filho
O papel da reciclagem na pequena companhia de teatro
O papel da manufatura em Pai & Filho
O papel do cru na pequena companhia de teatro
O papel da manipulação do cenário em Pai & Filho
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Não me ensine; me fascine
sábado, 13 de novembro de 2010
Teatro, fracasso & Cia. Ltda.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Poema em prosa
Projeto gráfico de Raquel Noronha
“Qual o destino deste ser-cérebro achacado pela incerteza do haver? Dúvidas desatadas, infernais – de trilhos tortos, e escuridões cruas – multifurcam a reta orientadora. O livro – o filme – a peça – a música, a dor do dizer sem saber ler – ver – fazer – ouvir. Tudo de uma só vez. Torpor, no redemoinho da luz, soca o futuro no saco do passado e nada mais é. Sortes, coincidências e esperas conduzem o meio homem à falência e o (des)norte "carnifica" o desespero do desconhecimento. Sabedor do nada, conhecedor de coisa alguma, fazedor de vazios camuflados: o não ser é o ser de quem não é. Apelativos trocadilhos, no jogo da falta, desviam a impossível transformação das agonias mentais em obras. A obra sempre aniquila a crueza do dizer; vilipendia, maltrata, adorna e consagra a estupidez da inconsistência. Seria só uma desatenção da lógica e o fato havido. Mas, com a implacável custódia, o médio prevalece para motorizar nossa repetição e vitalizar a dissimulada dor da incompetência. Sobra o fim, e, de tão distante, não sobra nada.”
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
O corpo e as situações de descontrução
domingo, 31 de outubro de 2010
Pai & Filho na Guajajara
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
A unanimidade é burra
domingo, 24 de outubro de 2010
Reflexões de um escritor solitário
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
O que vem de fora
domingo, 17 de outubro de 2010
Debate a gosto
Parece-me que a prática da pequena companhia, de debater após as apresentações, continua sendo o melhor recurso para integrar o espectador às opiniões especializadas, tornando-se um importante instrumento para o aperfeiçoamento da leitura teatral.
No caso do nosso debate no Festival Agosto de Teatro, a dissertação de Amir Haddad acabou suprimindo o tempo das réplicas e das possíveis tréplicas que acalorariam o diálogo. Muito ficou por se dizer e pouco foi dito. O reencontro com Kil Abreu – diálogo produtivo no FENTEPP – acabou sendo curto. Pena.
Se esses encontros nos possibilitam discutir os processos de construção da cena teatral contemporânea, por que não o fazemos? Talvez a resposta esteja nas palavras de Amir, quando comenta sobre a necessidade de subsistência dos grupos, ou no comentário de Sávio Araújo quando aborda a burocratização da arte. Sempre há um troco esperando no porto seguinte. Eu vou continuar insistindo, batendo na tecla até que acordemos fora do nosso umbigo. Já falei disso aqui... e olha quem fala!
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
A pequena no Festival Agosto de Teatro
Doze horas de viagem e estamos em Natal. Avião até Fortaleza. Em fortal alugamos um carro rumo à Cidade do Sol. Um longo pit stop em Mossoró para um almoço no Candidu’s e o reencontro com a Cia. irmã A Máscara. Tony, Luciana e Jeyzon. O Damásio seria nosso "anjo" na cidade de destino. Gosto de viajar com amigos. Aqui, chegamos e fomos muito bem recebidos e instalados. A atenção de Ivonete Albano e o espetáculo As Bondosas no cardápio. A esta altura somávamos 36 horas sem dormir. Um delicioso jantar – Camarões à Thermidor foi a minha escolha – e cama. Acreditam que ainda rolou um namoro? Nem tudo é tão declinante nos quarenta.
13.10.10
Pré-produção durante a manhã toda para Katia. Os meninos respirando ares natalenses. Eu pensando em qual seria a melhor opção para a montagem de Pai & Filho no Alberto Maranhão: público no palco ou na plateia? Uma da tarde e estávamos montando. Atendendo aos apelos da queridíssima Ivontete, o palco italiano venceu, mas continuo receoso às apresentações em espaços tão amplos. Os lustrezinhos continuam sendo a pedra no sapato da montagem, mas foi resolvido. Boa apresentação, porém uma manutenção mais efetiva começa a fazer falta. Desmontagem e correr para pegar o restaurante aberto. Não deu. Jantamos em um dos quartos. Vinho, risos, sonhos e sono.
14.10.10
Nove da manhã no debate. Presença de Kil Abreu, Sávio Araújo e Amir Haddad. Ecos muito positivos do nosso trabalho, principalmente nas impressões do Kil, sempre muito generoso e pertinente nas suas observações. Ecos também na Revista Catorze e no comentário dos amigos, sempre suspeitos. Almoço de despedida e estrada. Brevíssimo pit stop em Mossoró: um beijo e um queijo. Avião em Fortaleza e São Luís nos recebe através dos braços de Marinaldo e André – o Lucap. Ainda achamos tempo para um peixe. Às cinco da manhã Cláudio seguiu para imperosa. Saudades. O fino das impressões fica para a próxima postagem.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Natal em Agosto
domingo, 10 de outubro de 2010
Pequena
Por outro lado também pensamos numa pequena editora. Viagem. Um selo para começar a reunir nossas publicações. Nossa ousadia está começando a tomar proporções megalomaníacas. É divertido. Sonhar. Também pensamos na nossa sede definitiva, jurada para o ano de 2011 custe o que custar. É isso. Enquanto aguardamos a viagem de amanhã para a apresentação de Pai & Filho no Festival Agosto de Teatro, nossas cabeças se encarregam de perturbar o já perturbado ano de 2010 – lembrando que ainda temos para este a Mostra Guajajaras e um livro para publicar e lançar. 2011 promete.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Academia, teatro e filosofia
sábado, 2 de outubro de 2010
Teatro na tela
Sempre fui reticente ao registro em vídeo de espetáculos teatrais. Inicialmente acho que o teatro – muito além do seu discurso – é uma experiência física, energética e sensorial preparada para aqueles que se predispuseram a comparecer. A atmosfera é intransponível. O efeito presencial é insubstituível. Nada pode se comparar à sensação de estar em uma plateia de teatro – talvez um estádio de futebol. Mas se Dos à Deux não houvesse sido filmado eu jamais o assistiria, tendo em vista que a companhia está radicada em Paris desde sua origem. Jamais talvez seja exagero, mas, enfim.
Outra argumentação, que me tornava avesso ao registro, era quanto à perda da qualidade do espetáculo filmado e como ela reduzia as consequências artísticas da proposta. Então me pergunto: e neste caso? Respondo: talvez a qualidade artística de uma proposta, quando esta se torna verdadeiramente uma obra de arte, seja incorruptível. Se a obra é “maravilhosa”, o vídeo, no mínimo, pode torná-la “muito boa”, e, nesse caso, o lucro ainda é do espectador.
Não digo com isso que mudei de ideia. Digo apenas que sou um ser vivo, e, como tal, estou em declinante transformação: pele arrugando, cabelos embranquecendo e uma que outra ideia insistindo em se apresentar para revisão.