domingo, 31 de outubro de 2010
Pai & Filho na Guajajara
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
A unanimidade é burra
domingo, 24 de outubro de 2010
Reflexões de um escritor solitário
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
O que vem de fora
domingo, 17 de outubro de 2010
Debate a gosto
Parece-me que a prática da pequena companhia, de debater após as apresentações, continua sendo o melhor recurso para integrar o espectador às opiniões especializadas, tornando-se um importante instrumento para o aperfeiçoamento da leitura teatral.
No caso do nosso debate no Festival Agosto de Teatro, a dissertação de Amir Haddad acabou suprimindo o tempo das réplicas e das possíveis tréplicas que acalorariam o diálogo. Muito ficou por se dizer e pouco foi dito. O reencontro com Kil Abreu – diálogo produtivo no FENTEPP – acabou sendo curto. Pena.
Se esses encontros nos possibilitam discutir os processos de construção da cena teatral contemporânea, por que não o fazemos? Talvez a resposta esteja nas palavras de Amir, quando comenta sobre a necessidade de subsistência dos grupos, ou no comentário de Sávio Araújo quando aborda a burocratização da arte. Sempre há um troco esperando no porto seguinte. Eu vou continuar insistindo, batendo na tecla até que acordemos fora do nosso umbigo. Já falei disso aqui... e olha quem fala!
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
A pequena no Festival Agosto de Teatro
Doze horas de viagem e estamos em Natal. Avião até Fortaleza. Em fortal alugamos um carro rumo à Cidade do Sol. Um longo pit stop em Mossoró para um almoço no Candidu’s e o reencontro com a Cia. irmã A Máscara. Tony, Luciana e Jeyzon. O Damásio seria nosso "anjo" na cidade de destino. Gosto de viajar com amigos. Aqui, chegamos e fomos muito bem recebidos e instalados. A atenção de Ivonete Albano e o espetáculo As Bondosas no cardápio. A esta altura somávamos 36 horas sem dormir. Um delicioso jantar – Camarões à Thermidor foi a minha escolha – e cama. Acreditam que ainda rolou um namoro? Nem tudo é tão declinante nos quarenta.
13.10.10
Pré-produção durante a manhã toda para Katia. Os meninos respirando ares natalenses. Eu pensando em qual seria a melhor opção para a montagem de Pai & Filho no Alberto Maranhão: público no palco ou na plateia? Uma da tarde e estávamos montando. Atendendo aos apelos da queridíssima Ivontete, o palco italiano venceu, mas continuo receoso às apresentações em espaços tão amplos. Os lustrezinhos continuam sendo a pedra no sapato da montagem, mas foi resolvido. Boa apresentação, porém uma manutenção mais efetiva começa a fazer falta. Desmontagem e correr para pegar o restaurante aberto. Não deu. Jantamos em um dos quartos. Vinho, risos, sonhos e sono.
14.10.10
Nove da manhã no debate. Presença de Kil Abreu, Sávio Araújo e Amir Haddad. Ecos muito positivos do nosso trabalho, principalmente nas impressões do Kil, sempre muito generoso e pertinente nas suas observações. Ecos também na Revista Catorze e no comentário dos amigos, sempre suspeitos. Almoço de despedida e estrada. Brevíssimo pit stop em Mossoró: um beijo e um queijo. Avião em Fortaleza e São Luís nos recebe através dos braços de Marinaldo e André – o Lucap. Ainda achamos tempo para um peixe. Às cinco da manhã Cláudio seguiu para imperosa. Saudades. O fino das impressões fica para a próxima postagem.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Natal em Agosto
domingo, 10 de outubro de 2010
Pequena
Por outro lado também pensamos numa pequena editora. Viagem. Um selo para começar a reunir nossas publicações. Nossa ousadia está começando a tomar proporções megalomaníacas. É divertido. Sonhar. Também pensamos na nossa sede definitiva, jurada para o ano de 2011 custe o que custar. É isso. Enquanto aguardamos a viagem de amanhã para a apresentação de Pai & Filho no Festival Agosto de Teatro, nossas cabeças se encarregam de perturbar o já perturbado ano de 2010 – lembrando que ainda temos para este a Mostra Guajajaras e um livro para publicar e lançar. 2011 promete.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Academia, teatro e filosofia
sábado, 2 de outubro de 2010
Teatro na tela
Sempre fui reticente ao registro em vídeo de espetáculos teatrais. Inicialmente acho que o teatro – muito além do seu discurso – é uma experiência física, energética e sensorial preparada para aqueles que se predispuseram a comparecer. A atmosfera é intransponível. O efeito presencial é insubstituível. Nada pode se comparar à sensação de estar em uma plateia de teatro – talvez um estádio de futebol. Mas se Dos à Deux não houvesse sido filmado eu jamais o assistiria, tendo em vista que a companhia está radicada em Paris desde sua origem. Jamais talvez seja exagero, mas, enfim.
Outra argumentação, que me tornava avesso ao registro, era quanto à perda da qualidade do espetáculo filmado e como ela reduzia as consequências artísticas da proposta. Então me pergunto: e neste caso? Respondo: talvez a qualidade artística de uma proposta, quando esta se torna verdadeiramente uma obra de arte, seja incorruptível. Se a obra é “maravilhosa”, o vídeo, no mínimo, pode torná-la “muito boa”, e, nesse caso, o lucro ainda é do espectador.
Não digo com isso que mudei de ideia. Digo apenas que sou um ser vivo, e, como tal, estou em declinante transformação: pele arrugando, cabelos embranquecendo e uma que outra ideia insistindo em se apresentar para revisão.