Em mim uma dor corriqueira, cotidiana. Não gosto da vida como se apresenta. Preciso da arte para respirar, para me sentir vivo. Quando do contrário, percebo que o que tenho não me basta. Mais em quantidade e qualidade. O nível de insatisfação surpreende pela força devastadora com que me conduz ao cadafalso. Morrer em vida é meio que isso. Vai corroendo aos poucos e só fica perceptível quando transborda. Preencher esse vazio com sexo é querer cobrir o céu com um véu. A tarefa é reinventar a forma de conduzir as angústias provocadas pela distância de tudo que me fascina. Tarefa fácil, diria minha personagem. A mim, resta expor parte das vísceras e me mostrar humano, saudoso, queixoso, moroso.
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2 comentários:
Sim, senhor!
As feridas não são curadas, elas simplesmente, adentram por nossa pela até impregnar se na alma.Pertuba os sentidos e consumo o que de melhor alimentamos durante muito tempo. Nem sempre gostamos do modo como a vida nos impõe seu estilo de vida; criamos personagens para resistirmos a tudo e por vezes resistir a nós mesmos.
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