domingo, 15 de janeiro de 2012

Declaração de amor

Ultimamente tenho convivido quase que a totalidade da minha vida com os membros da pequena. Trabalho em tempo integral. Quando voltávamos do Pará, a bordo do ferry, tive uma epifania. Fiquei olhando para os três, enquanto falávamos de Velhos Caem do Céu como Canivetes, e pensava sobre o quanto sou afortunado. Um grupo que vai além da arte. Faço teatro com amigos. Trabalho com Jorge desde meados da década de noventa. Conheço Cláudio, desde o início dessa mesma década. Como companheiro de Kátia – autora da foto – levo dezesseis anos. São pessoas que fazem parte da minha vida há mais de um terço de todos os anos que vivi. São figuras pré-históricas (risos). Anteriores à história da pequena companhia de teatro. Amigos. Entre alegrias, brigas, conquistas e estresses, eles vão deixando pegadas que não constroem apenas a trajetória de um coletivo. A convivência com cada um deles vai deixando marcas e reescrevendo o guion da minha vida. Quando optamos por manter o nome companhia por extenso, foi por isso, porque nos fazemos companhia. Nesse mesmo compasso estão outras pessoas, umas próximas, algumas distantes, muitas importantes, todas distintas, no entanto, hoje resolvi falar dos três.

3 comentários:

Roquildes Junior disse...

Marcelo, meu amigo! Que texto bonito, emocionante! É muito legal ver essa coerência de grupo, ver a maturidade e pra todos os que conhecem a pequena entendem o que você está falando, pois vêem isso refletido no trabalho. Grande abraço, amigos!

Cordão de Teatro disse...

... e eu amo os 4.

xico

Hamilton disse...

Uma vida com roteiro escrito a oito mãos! Que história pra viver! E quantas pra contar!