quinta-feira, 3 de maio de 2012

Quebre a perna

Quando estava com Entrelaços, quebrei literalmente a perna em Imperatriz. Tivemos que desistir da apresentação em São Luís, se não me engano, na Mostra Guajajara. Acabamos nos apresentando no ano seguinte. Hoje, estamos em circulação com Pai & Filho pelo Palco Giratório, promovido/realizado pelo Sesc. Como quebrar a perna?
Ator é de carne e osso. Mesmo que detenha uma técnica primorosa, ele é falho porque é humano. Assim, adoeci em Santa Maria - RS - uma virose - e me pus à cena. O resultado foi a insatisfação de perceber-me... humano e... falho. A sensação de dever não cumprido, de incapacidade de fazer o que se sabe e o que se quer e deseja, como se o corpo não quisesse ou pudesse agir conforme os comandos do cérebro era visível e risível. Somos estúpidos em querer a perfeição em algo tão volátil quanto a vida, quanto o teatro. A insatisfação, por vezes, suplanta e sobrepõe-se ao prazer do ofício. Em um universo de competições, perder é sempre mais enriquecedor se comparado ao ganhar. Em um mundo de celebração, o fato de se mostrar como se é já seria garantia de reconhecimento. 

Amanhã, apresentação em Porto... não tão alegre. Muita merda para mim!

Nenhum comentário: