O Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga é daqueles eventos
em que você se sente em casa. A cidade, os organizadores, o vinho, o papo, o
frio. Uma semana subindo e descendo as escadas do mosteiro dos capuchinhos para
ver e fazer teatro. As análises da Mostra Nordeste ficaram a cargo de Luis
Alonso Aude, Wilson Coêlho e Makarios Maia Barbosa – provocadores contumazes. O
espetáculo Velhos caem do céu como canivetes conseguiu se apertar no
aconchegante Teatrinho Rachel de Queiroz, e tivemos uma apresentação integra,
para um público que entupiu a casa, e riu muito além da conta colhida nas vinte e oito apresentações anteriores. A ovação final é suspeita, porque
o público de Guaramiranga é sempre generoso com os espetáculos que por lá
passam. Contudo, nos encheu de alegria e satisfação, pois confirmamos que o
diálogo entre espetáculo e plateia também se estabelece fora do Maranhão. O debate
aconteceu logo após a apresentação, porque Jorge e Cláudio retornariam na manhã
seguinte, horário do debate. O fato, não permitindo que os debatedores tivessem
a chance de se debruçar, como vinha acontecendo anteriormente, gerou comentários
espontâneos e virginais. Vivências: o encontro com Abimaelsom, Dane, Pryscilla,
Henrique, Silmara, Bruna, Rogério, Carlos; conhecer Quitéria, Adriano, Tiago, Vanéssia,
Felipe, Astier; assistir a Fogo, Jacy e BR Trans; rir com a parada de rua;
comer chocolate. Sou um homem de teatro, gosto disso. Gosto de imaginar que
algo no mundo se mexe quando artistas se reúnem. Pretensão? Se vocês vissem e
ouvissem o que eu vi e ouvi durante essa semana, tenho certeza que pensariam o
mesmo.
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9 comentários:
Que maravilha Marcelo, é o que precisamos... Viva o Teatro, Viva as Artes...
è tudo isso mesmo Flecha, um Festival incrivel! Feliz em ter te conhecido pessoalmente, pois Henrique já me falava bastante de você e do seu trabalho. Abraços e sucesso!
A felicidade foi minha, Quitéria! E tu, sumido? Aparece, Erivelto!
Nossa fico um tempinho sem aparecer e tanta coisa a ler!!! Vou presentear meu tempo a ler as experiências da Pequena Cia! Gosto muito disso: o teatro está para isso: abrir "novos horizontes" (expressão usada por você na oficina que fiz no Arthur! Quando comecei... A guardo até hoje!)
Teatro = lugar do encontro, do presente, de novas perspectivas de olhar e narrar. De ser e dizer. Despertar de sensibilidades. Lugar de se perder.
Rá! Fui lá quando era criança na reportagem. Foi maneiro. Bjo
Experiência edificante. Ano que vem eu vou!
Vamos juntos, Rodrigo! Vamos de novo, André! Flávia, com a sua ausência que perde é o blog. Queria muito que o teatro nos cruzasse de novo!
Lamento que o FNT não tem o valor que deveria, por parte de tanta gente. É um festival muito especial, e que poderia ser ainda muito melhor! Já estive umas cinco ou seis vezes, como artista, como debatedor, como convidado, e por mim estaria todo ano. Vida longa à Guará!!!!!
É verdade, Fernando. E ainda com a história da reforma do teatro, acaba complicando a organização na tentativa de dar mais potência. Mas eles são bravos e o festival é mesmo uma delícia.
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