Dona
de um caráter entranhadamente provinciano, nossa cidade (leia-se: poder público, privado, fomentadores, mecenas e afins) não percebe a necessidade
de que suas atividades artísticas dialoguem com o restante do país, circulando
com suas obras, discutindo conceitos, participando de debates,
oficinas, seminários, mostras, exposições, festivais etc. Esse intercâmbio
contribui para o fortalecimento do movimento artístico local, para a reverberação
das suas experiências particulares e para a capitalização das consequências
socioculturais na cidade geradora desses dizeres.
Não se repensa nossa realidade sem conhecer outras. Não se muda um estado se o estado de consciência da classe provocadora está amordaçado por não conhecer o mundo. Não se revelará vida pulsante nas obras artísticas locais sem construir referenciais e parâmetros que mostrem as reais condições da nossa produção cultural. Precisamos ver o mundo.
Não se repensa nossa realidade sem conhecer outras. Não se muda um estado se o estado de consciência da classe provocadora está amordaçado por não conhecer o mundo. Não se revelará vida pulsante nas obras artísticas locais sem construir referenciais e parâmetros que mostrem as reais condições da nossa produção cultural. Precisamos ver o mundo.
A pequena companhia de teatro tem um olho aqui e outro acolá, atenta para não ficar estrábica. A peleja para empurrar o horizonte e abrir fronteiras além do nosso umbigo nos clareou caminhos e nos fez perceber que o centro do mundo e a periferia estão muito mais relacionados ao ponto de onde você olha do que à localização geográfica.
Abrir caminhos para o diálogo entre a produção artística maranhense e a do restante do país favorece o aumento de qualidade das obras de arte e contribui para a reconstrução de uma classe artística mais atenta, mais contestadora, mais reveladora e mais consciente do seu papel transformador.
Um comentário:
É isso Marcelo... precisamos ver o mundo. Desenvolver um ponto de vista. E, observar, é ser observado. Pé na estrada Pequena Companhia!
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