Em 2015 a
Pequena Companhia de Teatro completa dez anos de existência. Na verdade, em
2015 e 2016. Somos um grupo que tem o privilégio de festejar durante um biênio.
Explico: em 2005 estreou o espetáculo “O Acompanhamento”, montagem basilar para
a constituição do nosso grupo. Em 2006 a companhia se estabeleceu legalmente,
como pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos. Para ser mais exata,
nossa comemoração se estenderia do dia 29/11/2015, dia da estreia do
espetáculo, até o dia 11/06/2016, quando recebemos a certidão de pessoa
jurídica, depois de uma via-crúcis burocrática, enfadonha e onerosa. De lá para
cá foram quatro espetáculos (O acompanhamento, Entre laços, Pai & Filho e
Velhos caem do céu como canivetes), duas coproduções com a Cia. A Máscara de
Teatro (Medeia e Deus Danado) e diversas outras atividades artísticas (leituras
dramáticas, feiras de livro, debates, performances, autos, palestras,
lançamento de livro, oficinas etc.). Inicialmente vamos comemorar refletindo.
Resolvemos estabelecer um fórum de reflexões entre os quatro para analisar
nossa trajetória até aqui. A ideia é pensar o todo e o uno. Bater um papo
semanal, sem data para terminar, sobre o que éramos, o que nos tornamos, e no
que não queremos nos transformar. Discutir sem pressão prática de agenda,
projetos, pautas, editais, nada disso, apenas refletir. Estamos dispostos a
encarar os próximos dez anos? Para que serviram os que passaram? Quais são as
mudanças necessárias? O que não pode mudar? Cabe resistir? Cabe debater? Cabe
mais um? Cabedal? Cabide? Com quantos sonhos se constrói uma realidade? Com
quantos pesadelos se destrói um sonho? Com quantos amigos se impõe uma vigília?
E a boa, velha, repetida, e principal pergunta: com quantos paus se faz uma
canoa? As respostas aparecerão aqui, parcimoniosamente. Quanto à última, nem um
mestre canoeiro.
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2 comentários:
Parabéns! Pelo aniversário, pela harmonia do grupo,pelos espetáculos, pela insistência. Mas principalmente, pelo teatro que vocês fazem e pela forma que encontraram de dizer tantas coisas que tocam diferentes seres humanos (e alados também...)
É um prazer dividir a mesma época e lugar com vocês.
Vida longa à Pequena!
Obrigado, Rute, pelo seu parabéns fora de época! Suas palavras são sempre generosa!
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