Foto de Ayrton Valle |
Teatro é assim: respiração. Corpo é significante e ao mesmo tempo significado. Existo, logo penso.
Estou em processo de montagem do meu novo espetáculo-solo. Mas, independente disso, gosto de oxigenar o corpo para que ele não fique no meio do caminho, mesmo que eu estire um músculo é vá parar na Santa Casa de Misericórdia, caminhando, pensando ter quebrado o pé esquerdo. A vida é cheia de riscos e rabiscos. Tudo é tão urgente que meu temor é querer demais para um corpo de 45 (ou são 44?). Imagino-me mais descarado e pronto para as ruas. Talvez ilusão. O meu tempo é este que se mostra, e o prazer existe. Gostarei, certamente, do resultado de tudo isso, mas numa perspectiva de melhoria de técnica, de propósito, de humano. É que mesmo em grupo, o ser individual não se isola, não se exclui.
São Paulo é uma cidade muito pequena para mim.
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