Foto de Ayrton Valle |
Ensaios, estreia e algumas apresentações para concluir mais um projeto. O terceiro que monto com direção de Marcelo F., utilizando o Quadro de Antagônicos como procedimento metodológico para composição de personagens. Algumas lições e muitas dúvidas e inquietações. É que o ser não se esgota, e a construção do conhecimento passa por uma série de ações em sequência. E quando não se está satisfeito com o seu trabalho enquanto ator? Qual é a medida? Talvez a percepção que temos do nosso trabalho carrega um acentuado "quê" de exigência desnecessária que acaba por minar as relações internas.
Sempre gostei de projetos porque eles têm começo, meio e fim. Só que o ser permanece, e mais um processo se avizinha. Ofício, prazer, desejo, sentido de existir, disciplina do método, foco.
E tudo recai sobre o dia e a noite e a ilusão de que tudo vai bem. Caminhamos em direção à morte e no percurso simulamos o gozo. Ator, aluno, pesquisador (sic), voluntário para a vida. Síndrome de final de ano que chega mais cedo ou resquícios de uma noite mal dormida? Madrugada, percorreremos mais algumas horas de voo para fazermos o que gostamos: teatro.
Foucaut me aguarda.
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