A melhor
pessoa do mundo é a primeira pessoa do plural: nós. O teatro é a arte do
encontro – sei que algo parecido já foi literatizado. É uma arte coletiva,
feita de partes, de pares. Teatro é o
conjunto, a união, a tessitura e o todo. Tenho o privilégio de trabalhar com
Jorge e Cláudio. De Katia já falei aqui. Atores íntegros, comprometidos,
conscientes. Seres que transformam um coletivo em algo que excede o agrupamento
de artistas com objetivos comuns. Amigos, por excelência. Essas características
peculiares da nossa reunião reverberam na totalidade da obra, porque os ensaios
são a espinha dorsal do nosso processo, do que se pretende, da energia e força
para buscar o que se quer. É no ensaio que tudo se apresenta, se desenha, se
efetiva ou apodrece. Qualquer preconcepção vira argila nas mãos das personagens.
Ideias flutuam para outras concretudes,
problemas viram verdadeiras epifanias, tornando as pedras do caminho matéria-prima
para a construção do que se quer. Os ensaios de Velhos Caem do Céu como
Canivetes não podiam estar melhores: vida pulsante na sala de ensaio da nova
sede. Vigor, disposição, foco. Claro que o início da Terceira Jornada não nos
possibilita arremessar ao longe um resultado, mas vejo o Ser Humano e o Ser
Alado habitando a sala de ensaios, povoando nosso imaginário, construindo o elo
com o espectador, dimensionando o conflito entre personagens ímpares. Ainda não
sabemos bem onde estão ou como são, mas sabemos que estão lá. Sejam bem-vindos.
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6 comentários:
SEmpre tenho passado por aqui...de olho sempre...
Você foi tão lacônico da última vez que pensei tratar-se de um intruso (risos)!
Precisamos conversar. Te ligo essa semana. Quero espiar as paradas! ;]
Também sempre dou minhas olhadas.
Beijos.
Quem visita amigo é, Chico e André.
Olha; eu olho, contemplo e me assusto! Fico curiosa. E claro, magoou.
CB
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