domingo, 7 de fevereiro de 2010

A rotina

Nossa rotina de ensaio obedece normalmente a seguinte ordem:

Rito de chegada: É um momento onde desenvolvemos e utilizamos práticas para focar a energia do ator para o início dos trabalhos.

Alongamento: Utilizamos alongamentos convencionais e/ou estranhos, estes buscando quebrar a rotina muscular do ator.

Aquecimento: Aqui, as práticas são variadas, mas têm como principal instrumento o Quadro de Antagônicos de que falamos na postagem do dia 24 de janeiro.

Trabalho dos quadrantes (aplicação do Quadro de Antagônicos): Dividimos a sala em quatro quadrantes de uma circunferência imaginária, e escolhemos um antagônico para cada quadrante (tensão x relaxamento, dilatação x retração, velocidade x lentidão, força x fraqueza, peso x leveza, agilidade x dureza, etc.) onde o ator, ainda em processo pré-expressivo, experimenta seu corpo migrando de quadrante em quadrante explorando o conceito de oposição para aperfeiçoar seu repertório.

Trabalho experimental na construção das personagens: Aqui o quadro de antagônicos é utilizado como instrumento para a busca de um antagônico-guia para a personagem, e de outros antagônicos que possam contaminar esse guia, definindo um perfil prévio para a prática na cena.

Experimentação na cena e/ou leitura representativa: De posse do repertório desenvolvido e do perfil sinalizado para as personagens, os atores passam a experimentar esse perfil na construção de cenas e/ou representam fisicamente o texto que é inserido gradualmente à medida que as personagens e as cenas se plasmam no corpo do ator.

Em linguagem cibernética, porque dizem que em blog não é legal escrever muito, é assim que estamos trabalhando há cinco semanas. É o máximo de concisão que consegui.

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