domingo, 28 de novembro de 2010
O papel da manufatura em Pai & Filho
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Schopenhauer
domingo, 21 de novembro de 2010
O papel das cores em Pai & Filho
Já a cor vinho, predominante no interior da casa a partir dos cubos, da toalha de mesa e da cor da linha que coze as camisetas debaixo, é a cor da nobreza, da aristocracia, puída e desgastada pela decadência desse pai que já foi próspero, mas ainda preserva a dignidade da pose.
Somam-se a essas cores, a paz, no tecido branco estendido pelo pai no único momento de trégua, o tecido preto que enterra o filho quando o pai cobre-o com o peso de ser sua única esperança, o amarelosolarpoente que ilumina o filho quando ascende a vela para escrever e a cor natural do cru, que reforça nossa proposta de deixar para o ator e o espectador o desafio de transformar os objetos com aparente crueza em elementos vivos em cena. Mas isso já se refere também à manufatura, tema de uma próxima postagem. O papel da reciclagem na pequena companhia de teatro
O papel da manufatura em Pai & Filho
O papel do cru na pequena companhia de teatro
O papel da manipulação do cenário em Pai & Filho
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Não me ensine; me fascine
sábado, 13 de novembro de 2010
Teatro, fracasso & Cia. Ltda.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Poema em prosa

Projeto gráfico de Raquel Noronha
“Qual o destino deste ser-cérebro achacado pela incerteza do haver? Dúvidas desatadas, infernais – de trilhos tortos, e escuridões cruas – multifurcam a reta orientadora. O livro – o filme – a peça – a música, a dor do dizer sem saber ler – ver – fazer – ouvir. Tudo de uma só vez. Torpor, no redemoinho da luz, soca o futuro no saco do passado e nada mais é. Sortes, coincidências e esperas conduzem o meio homem à falência e o (des)norte "carnifica" o desespero do desconhecimento. Sabedor do nada, conhecedor de coisa alguma, fazedor de vazios camuflados: o não ser é o ser de quem não é. Apelativos trocadilhos, no jogo da falta, desviam a impossível transformação das agonias mentais em obras. A obra sempre aniquila a crueza do dizer; vilipendia, maltrata, adorna e consagra a estupidez da inconsistência. Seria só uma desatenção da lógica e o fato havido. Mas, com a implacável custódia, o médio prevalece para motorizar nossa repetição e vitalizar a dissimulada dor da incompetência. Sobra o fim, e, de tão distante, não sobra nada.”


