quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Ecos espontâneos

por Ayrton Valle

“Assisti no sábado passado ao excelente espetáculo “Velhos caem do céu como canivetes”, nova montagem da Pequena Companhia de Teatro. Com texto e direção de Marcelo Flecha, inspirado no conto de Gabriel García Márquez, Um señor muy viejo con unas alas enormes", a peça aborda temas como o conflito entre a fé, a miséria, o exílio, além da questão das diferenças.
No elenco, Cláudio Marconcine e Jorge Choairy fazem uma performance soberba, onde vivem um ser humano e um ser alado. O cenário é belo e criativo, todo feito de material reciclado e a trilha sonora é suave e envolvente. Vale ressaltar que, não por acaso, a peça ganhou o Prêmio Funarte Myriam Muniz de Teatro.
Outra coisa boa é o surgimento de um novo espaço para pequenas montagens, como esta nova sede da Pequena Companhia de Teatro, Rua do Giz, 295, Praia Grande, Centro.
Grande. Bravo a todos!” 
Márcio Vasconcelos
 
“Parabéns à Pequena Companhia de Teatro, pelas múltiplas sensações, pelo Thaumázein luminoso e das sensações que penetraram minha alma, meio “anoréxica” . Um texto desértico, porque no deserto me encontrei com fome e com sede, onde a dúvida me mantinha viva; perdão, confundi-me com o personagem. A instauração da dúvida, do encontro dúbio, da sonoridade, do grito daquela alma seca, doída. Senti fome, não sei se ele se saciou com o banquete, mas eu o devorei, como comi as imagens que vieram surgindo, com um cenário onde o espaço e o tempo foram sendo descontruídos, onde se externalizou todo o sentido e o não sentido, o véu de maia foi se desvelando mas não queria, eu não queria, mas ele se desfez. O riso, todo o meu riso foi de dor por ver quão miserável somos, carentes de sentimentos, ele quis te tornar mais humano e conseguiu, somos restos de gente, do que sobrou de humanidade. Obrigada pela obra prima, textual e imagética, à qual consegui me transpor. Meus sinceros parabéns!”
Nina Valentina

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