por Ayrton Valle |
“Assisti no sábado passado ao excelente espetáculo “Velhos
caem do céu como canivetes”, nova montagem da Pequena Companhia de Teatro. Com
texto e direção de Marcelo Flecha, inspirado no conto de Gabriel García
Márquez, Um señor muy viejo con unas alas enormes", a peça aborda temas como o
conflito entre a fé, a miséria, o exílio, além da questão das diferenças.
No elenco, Cláudio Marconcine e Jorge Choairy fazem uma
performance soberba, onde vivem um ser humano e um ser alado. O cenário é belo
e criativo, todo feito de material reciclado e a trilha sonora é suave e envolvente.
Vale ressaltar que, não por acaso, a peça ganhou o Prêmio Funarte Myriam Muniz
de Teatro.
Outra coisa boa é o
surgimento de um novo espaço para pequenas montagens, como esta nova sede da
Pequena Companhia de Teatro, Rua do Giz, 295, Praia Grande, Centro.
Grande. Bravo a todos!”
Márcio Vasconcelos
“Parabéns à Pequena Companhia de Teatro, pelas múltiplas
sensações, pelo Thaumázein luminoso e das sensações que penetraram minha alma, meio
“anoréxica” . Um texto desértico, porque no deserto me encontrei com fome e com
sede, onde a dúvida me mantinha viva; perdão, confundi-me com o personagem. A
instauração da dúvida, do encontro dúbio, da sonoridade, do grito daquela alma
seca, doída. Senti fome, não sei se ele se saciou com o banquete, mas eu o
devorei, como comi as imagens que vieram surgindo, com um cenário onde o
espaço e o tempo foram sendo descontruídos, onde se externalizou todo o sentido
e o não sentido, o véu de maia foi se desvelando mas não queria, eu não queria,
mas ele se desfez. O riso, todo o meu riso foi de dor por ver quão miserável
somos, carentes de sentimentos, ele quis te tornar mais humano e conseguiu,
somos restos de gente, do que sobrou de humanidade. Obrigada pela obra prima, textual
e imagética, à qual consegui me transpor. Meus sinceros parabéns!”
Nina Valentina
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