terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Velhos buenos aires

As postagens estão em ritmo de férias. Atrasos e ausências. O ócio nos imprime um estado letárgico e a mente não responde aos chamados. Eu, em Buenos Aires, vestido de turista, penso menos que pouco. Faz bem. O descanso mental abre o espectro para outas sensações que não são menos vitais do que o pensar. Hoje sentia a tarde portenha com uma particular desesperança. Acabava de visitar o Museu Evita e revisitar lutas por direitos que hoje parecem ficção, como o voto feminino. A desesperança surge ao constatar o quão pouco a humanidade avançou. Preconceito, fome, injustiça. Parecemos fadados a lidar como essas realidades ad infinitum. O ser humano continua surpreendendo. Menos para bem do que para mal. Velhos tratará um pouco disso. Como se o teatro tivesse o poder de dar cabo de algum assunto. A pretensão da arte consegue ser mais patética que a própria realidade.

2 comentários:

Sandro Fortes disse...

a humanidade usa desodorante avanço, mas não avança.

Marcelo Flecha disse...

Não avaça, nem rexona.