Movimento, classe, gente de teatro. Quem são e o que fazem
no Maranhão? Tenho percebido insistentemente uma necessidade de articulação da
classe teatral no Maranhão em fóruns, palestras, mesas-redondas. Todas as
atividades com pouquíssima frequência e fico a refletir sobre essa pretensa
necessidade que poucos percebem e pela ausência de representatividade nos
fóruns quando acontecem. Faço algumas considerações a partir dessa constatação,
só para polemizar.
Quando priorizamos algo ele torna-se fundamental à nossa
sobrevivência enquanto ser: comer, vestir, trabalhar, amar. Quem prioriza o
teatro em sua vida, no Maranhão, contamos nos dedos. Conheço poucos.
São Luís não é Maranhão. Quem faz teatro em São Luís se esquece
que existem outras cidades no estado tanto que não conhecem a realidade da cena
teatral nelas, por isso excluem-nas de seus discursos.
Teatro de grupo ou teatro de elenco? Como contar com alguém
que sei que está comigo por tempo determinado, como articular com ele uma
reflexão sobre as políticas públicas de cultura se só há espaço para ensaios?
Como se produz conhecimento se não há espaço para o diálogo,
para a reflexão e a crítica? Tudo o que vemos tem que ser lindo e maravilhoso;
que continuem assim. Política da boa vizinhança que dificulta o crescimento e a
reflexão crítica.
Dizem por aí que essa mediocridade não é característica
exclusiva do teatro; as universidades estão cheias de gente que não pensa, não
reflete, não questiona, se ressente, se esconde, se enruste e que se sente
satisfeita com uns trocados, com uns aplausos e alguns tapinhas nas costas.
Nossa, que angústia!
Um comentário:
Estão cheias mesmo...lotadas...é o famoso pacto de mediocridade!
Postar um comentário