quarta-feira, 25 de abril de 2012

Palmeira dos Índios - AL


A palavra pequena no cotidiano exerce diversos significados, com objetivos de menosprezar, diminuir e limitar o espaço. Mas quando sentimos essa palavra através do teatro, em especial, a Pequena Companhia de Teatro, a palavra ganha uma expansão no seu sentido oposto, além de um espetáculo de encher os olhos, traz conteúdos e processos imprescindíveis na formação do ator. A oficina ministrada em Palmeira para nossa Cia. não só enriqueceu o grupo, como estreitou laços socioculturais, pois o palco Giratório em seus 15 anos tem democratizado o acesso às artes cênicas em todo o Brasil e levado oficinas de aperfeiçoamento e desenvolvimento do ator. Na oficina da Pequena Companhia de Teatro, conseguimos perceber um processo prático e funcional, que resultou de muito estudo e analise, por parte dos atores da companhia. E como diz o Dramaturgo/Diretor/Encenador Marcelo Flecha: “O ator criativo é aquele que busca o domínio de seu corpo, pois quem comanda a personagem não é o diretor, mas sim, o ator”.
 
Estes ensinamentos trazidos pela Pequena Companhia através do Palco Giratório, fazem com que nossos atores percebam a importância do corpo quando se faz teatro, porque o corpo não é um mero objeto ou instrumento do ator, ele tem vida própria e memória. O trabalho da Pequena Companhia de Teatro não é diferente das outras companhias do estado. É lógico que tem suas peculiaridades, o que serve para mostrar o potencial dos grupos do nordeste e incentivar os trabalhos dos grupos de Alagoas. Sendo assim, o que esperamos é que o SESC continue cumprindo com seu trabalho sociocultural, mobilizando, articulando, incluindo e democratizando as artes cênicas com esse importante projeto que é o Palco Giratório.

Marcone Correia
Ator e Diretor da Cia. Mestres da Graça

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