Gosto de sonhar, de todas as formas e maneiras. Quando dormindo é sempre meio onírico. Acordado, dá a sensação de potência. Sempre sonho. Andando de bicicleta, estou à mercê do tráfego das coisas fugidias. Quando a pé, desconheço qualquer indivíduo ao meu derredor. Para a cabeça, não há restrições.
Ontem sonhei assistindo a um espetáculo do grupo Bagaceira de Teatro na sede da Pequena Companhia (ops!). Revisitavam Shakespeare à moda dos Clowns. Vinham em cortejo e usavam meia-máscara. Era um ator de meia idade que eu acompanhava. Vez por outra ficava a observar não só a técnica que ele detinha, mas a maneira como ele fitava as pessoas. Hipnotizava-me. Ao final, eu não era mais um à meia-luz ou na multidão que se acotovelava nas escadarias do casarão (ops!). Conversávamos sobre teatro, sobre a beleza de se contemplar o desconhecido e sobre a ousadia da aproximação e do encontro. Éramos uno no fazer, no demonstrar e no sentir.
Ontem sonhei em percorrer caminhos ainda não trilhados e ousar mais, cada vez mais e sempre.
Hoje, fiquei a pensar sobre me esquecer da quinta, da sexta, e só me lembrar do sábado. Pensei no curta do Serge em que a persona entrava em uma padaria, se aproximava da estufa e perguntava à atendente: "-Tem sonho?". E ela sentenciava: "- O sonho acabou". Subia os créditos.
3 comentários:
rsrsrsrrsrsr
Haha
Sobre sonhos eu só lembro do João Miolo, companheiro do nosso amigo Lauande Aires, quando ele sabiamente diz:
"Pois então não sonha... Então não sonha que é pra ver se tu sai disso aqui."
Gostei do blog :)
E eu esquecendo de assinar no meu comentário aí em cima foi ótimo. Hahaha. Efeito dos meus sonhos.
Rute Ferreira (que agora aprendeu a colocar o nome no comentário). rsrs
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