segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

4ª Jornada – Belém e Castanhal

Belém, 06/01/12 – 2:15 AM. Iniciamos a 4ª Jornada de circulação de Pai & Filho pelo Myriam Muniz. Viagem tranquila. ferry boat, estrada, buracos, buracos. Estávamos no Maranhão. Passagem pela divisa e a estrada melhora, chuva, chuva, chuva. Estamos no Pará. Antes da chegada a Belém, uma passada por Castanhal para ajustes de produção. Sim, mudança de planos: nem Marabá nem Ananindeua: Castanhal. Trecho final até o destino e Tainah, Leo, Zê Charone e Sueli, no Teatro Cuíra, oferecem uma recepção calorosa. Montagem tranquila, uma esticada até o restaurante Tsuru e cama. Cabeça no travesseiro, e na mente a falta de cuidado, o descaso e a beleza dos centros históricos das cidades de destino e de origem da nossa viagem.

Belém, 07/01/12 – 1:40 AM. Primeiro dia de oficina e um grupo interessante, apesar de heterogêneo. Suor e chuva. Fim da oficina e velocidade na conclusão da montagem para a sessão de 19:00h. A chuva deu trégua para aguardar uma plateia admirável, quantitativa e qualitativamente. Debate, remontagem da cena, origem, e nova apresentação de Pai & Filho às 21:00h. Debate e alegria pelas boas apresentações em sequência. No hotel a decisão repentina de correr até o Don Giuseppe para jantar: no badalo da meia noite meu aniversário se apresentava. Brinde, presentes, um bom prato e a sorte de estar entre amigos e com quem amo. O teatro tem poderes que ainda me surpreendem.

Belém, 08/01/12 – 1:45 AM. Última jornada da oficina e o prazer de poder democratizar nosso fazer com nossos pares e alguns ímpares. Cada grupo é uma nova experiência, um novo aprendizado. Montagem (o local da oficina é o mesmo da apresentação), banho na carreira e a apresentação das 19:00h nós espera com a casa lotada e gente sentada nas escadas. Não é que tem gente que gosta de teatro? Uma das melhores apresentação de Pai & Filho até aqui. O debate continua um espaço para nossa reflexão. Ouvimos até uma dissertação sobre o não-édipo. O espectador é, definitivamente, um co-autor. Desmontagem cada vez mais rápida, e meu aniversário termina com a pequena companhia reunida e outro prato para a parede. Posso querer mais? Talvez ainda role um namoro.

Castanhal, 09/01/12 – 00:06 AM. Amanhecemos na estrada, trajeto curto. Direto para a Fundação Cultural Castanhal. Montagem, ainda pela manhã, tranquila, agradável. Gosto assim, quando os detalhes ficam perfeitinhos – problema de todo obsessivo. Um rápido almoço, check-in no hotel e oficina. A predisposição para quatro horas de treinamento intenso partiu do grupo Argonautas e a tarde passou. Remontagem – novamente o local da oficina é o mesmo do espetáculo – e, depois de um banho, nosso receio de falta de público é respondido com uma bela casa. Na segunda apresentação nosso público é de argonautas e amigos. Argonautas, Madalenas, Cuíra, coletivos que estão na labuta, como nós. Somos muitos, mesmos que não nos enxerguem. Dia findo. Como cabe a mim postar no domingo, vão ficar sem o último dia da nossa jornada paraense.

3 comentários:

Luciana Duarte disse...

Jornada gostosa, deu para sentir. Queria esta junto. Parabéns a todos!Muita saudade!

Luciana Duarte disse...

Meu querido prof., fiquei frustrada por não ter falado com você no aniversário tentei no dia 7 e hoje 10, mas fica aqui registrado os meus parabéns e felicidades, obrigada por permitir tê-lo como mestre, amigo e por poder fazer parte da sua vida e da pequena-grande companhia de teatro. Sou privilegiada! Tim tim a vocês e ao novo ano! Sim fale para Kátia que a encomenda chegou e o livro já está sendo lido (obrigada pela atenção), muitos xeirinhos e abraços bem apertados!

Duda Mesquita disse...

Foi muito bom ter vocês aqui em Castanhal! Muito talentosos! :D