domingo, 14 de agosto de 2011

Mando notícias do lado de cá

Sãos e salvos, nunca. Sempre haverá uma ferida a ser cicatrizada. Correr riscos é nosso ofício. Pessoas em um palco, às vistas, requerem bem mais além de talento e fé em seus próprios tacos.
Nunca é somente mais um festival. Sempre buscamos a superação de tudo: performance, extrato de conta bancária, limite de cartão de crédito, relacionamentos. Tudo minuciosamente anotado em uma agenda. A busca não é segura, nunca. Deslizes serão sempre presentes. O risco de fugir ao controle é iminente, quase sempre. E sabemos disso e daquilo, mas insistimos em ver a felicidade na perda do controle: estamos vivos.
É que além do horizonte há sempre uma chance de um recomeço, nunca do ponto em que se parou, nunca acumulando coisas, nunca sofrendo, mas vivendo intensamente as escolhas feitas, quer na vida, quer nos palcos. As relações entre ambas serão risíveis na maior parte do tempo. A verdade é feliz. A mentira, idem. Esse duplo nos acompanha tanto em uma quanto em outra.


E quem disse que a vida não se eterniza?

Um comentário:

Fernando Bicudo disse...

Não fosse estar enfiado de cabeça nas minhas novas tarefas como novo Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica Brasileira, que estão me ocupando quase que 24 horas no dia... rsrsrs..., sem falar que fiquei de "babá" do Maestro Lorin Maazel que regeu as sinfonias de Beethoven de 10 a 21 de agosto, teria ficado grudado em vocês, queridos amigos, de quem morro de saudades.
A apresentação de vocês no Festival foi o maior sucesso e foi muito bem recebida e comentada por todos que acompanharam as apresentações. Vocês, comandados pelo brilhante Marcelo Flecha (um gênio do palco), fazem Teatro com "T" maiúsculo. Fiquei orgulhosos de vocês!!!