domingo, 3 de julho de 2011

Lentidão


Tenho o raciocínio lento. Eficiente, mas lento. Seja artístico ou científico, lento. Produzir cada uma destas postagens implica em uma semana de labuta. Palavra que entra, palavra que sai, palavra que volta, palavra que cai. Fonética, fonologia, sintaxe, semântica, sêmola, fermento, água e sal. Além da consulta final a Cláudio Aurélio Marconcine. No teatro é igual – ou pior. Novo processo de montagem e o raciocínio é espremido, da alvorada à madrugada, para chegar a uma gota de luz. Cada detalhezinho besta, do espetáculo que vocês veem, consumiu dias de pensamento. Cada ensaio demandou horas de preparação. Invejo o raciocínio rápido! Tenho um amigo cuja velocidade de raciocínio é assustadora – sua humildade me impede de revelar o nome. Com essa dádiva eu estaria assoviando e chupando cana. A lentidão do meu raciocínio me permite, no máximo, estas parcimoniosas linhas. Se eu fosse cronista, e tivesse que produzir uma lauda por semana, estaria frito. Como combino meia dúzia de palavras, estou apenas ferventando.

4 comentários:

Anônimo disse...

A lentidão de racicínio tem as suas vantagens. Abraços

Marcelo Flecha disse...

Tem! Chegar sempre no rabo da gata! (risos)

Gilberto Freire de Santana disse...

Meu amigo... essa foi boa. Mas eu acrescentaria, se por um lado ele tem um raciocínio rápido, ele também tem uma preguiça macunaímica. Portanto, vale o "eficiente, mas lento". Rsrsrsrs. Beijão e om muitas saudades

Marcelo Flecha disse...

Conseguiu!! Já que reaprendeu a comentar, vê se não "reesquece" e aparece! (risos)E para matar a saudades, agosto nos espera! Beijão!