Algumas coisas marcam forte o ritmo que conduz o condenado à forca. Mostrar-se sempre foi uma exercício de força, confiança, desapego. Não sou assim em boa parte do que sou fora dos palcos. Há muito andava observando o chão com medo de encontrar olhos me espreitando. Hoje é um pouco diferente disso.
Mas, o palhaço ficou dormindo, deixou de sair, não se propôs a levar torta na cara, não olhou e compartilhou o suficiente. O medo se instaurou no corpo de um ator que comumente busca a transgressão como suporte para o viver. Assim, um pouco morreu.
Dizem as línguas dos outros que cada coisa tem seu tempo. Acredito nisso quando quero. Quando não, descarto. A monotonia do ofício é quebrada quando do ofício parte-se para o orifício.
A figura
Limpar a casa, renovar o guarda-roupas, refazer as tarefas de casa. Muita coisa muda/ou. O nome permanece o mesmo, quase uma sentença.
E do palco à praça, do conforto ao desapego. O corpo deixa uma parte de si surfar no vento. Quebra-se a maldição, busca-se a redenção. E o palhaço, o que é? É ladrão de homem sem chulé!
Um comentário:
me vi aqui.
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