sábado, 12 de fevereiro de 2011

Existem dias...

que a gente não pensa em quase nada. Funciona como sinal de internet ou de operadora de celular. Minha conexão vai para o espaço quase sempre às quintas-feiras - e não é história de trancoso. É facto.

Fui a Açailândia anteontem e ontem para assistir a dois espetáculos e filmar um, fazendo parte do I Festival de Teatro da cidade, realizado pelo Grupo Cordão de Teatro (Açailândia-MA) e a Santa Ignorância Cia. das Artes (São Luís-MA). A proposta é ótima. Gosto do dinamismo de grupos que insistem em fazer, mesmo com a ausência dos Governos, lembrando que estamos em um estado dos Sarney e que o Bulcão (vitalício secretário de cultura) só enxerga Manifestações das Culturas Populares (nem sei bem ao certo o que vem a ser isso. Só quero alfinetar, nada mais). O primeiro deles foi "Que trem é esse?" e "O miolo da estória". Caso queiram saber mais dos espetáculos, é só clicar nas imagens abaixo. Há sinopse. 

Lauande Aires faz o Miolo (quase que integralmente), treinou conosco dia desses, em conjunto com Marcelo F., Jorge C. e Cláudio M. O treinamento foi tema de uma outra postagem. Quer saber mais, clique aqui.

Minha versão sobre o fato é que o ator ainda é muito subjetivo em expressar suas sensações, e como trabalhamos com níveis de energia e somos sempre diferentes com o passar do tempo, não dá para comparar sensações, atribuir sentenças como se fossem verdades num universo que é volatilizado permanentemente. O treinamento funcionou para que Marcelo F. pudesse identificar uma melhor equalização para um público que está por vir na nossa circulação com o espetáculo Pai & Filho.
Cláudio M. + Jorge C. + Lauande A. (foto de Marcelo F.)

As percepções são múltiplas. O conteúdo é o mesmo, mas a compreensão o que o corpo exige e sonega, é diversa nos seres. Falta-nos um treinamento diário que justifique nossas escolhas quanto aos antagônicos (quer saber mais sobre os antagônicos, clique aqui). Meu desejo é utilizar essas formações para brincar, jogar um pouco com o quadro, me familiarizar mais com os antagônicos no corpo. Nosso processo de treinamento sempre esteve atrelado a alguma montagem. Assim, estávamos mais focados em construir uma personagem, outro direcionamento. Quando não se tem esse compromisso, a possibilidade de jogar é ampliada. Vou me divertir muito com essas formações. Sentir-me-ei como pinto na merda!

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