domingo, 30 de janeiro de 2011

Dúvidas, dívidas e devaneios.

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Durante os próximos três dias faremos uma simulação da oficina “O Quadro de Antagônicos como instrumento de treinamento para o ator” que aplicaremos na circulação do espetáculo Pai & Filho pelo Norte e Nordeste do Brasil.



A ideia é reproduzir as condições que a companhia poderá encontrar durante a jornada. Trabalharemos em um pequeno espaço que o ator e amigo Lauande Aires dispõe em sua residência. Seremos nós três (CM, JC e MF) e ele.
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A perspectiva dessa atividade me provoca alguns questionamentos quanto à importância desses mecanismos de diálogo entre fazedores como fórum de intercâmbio de experiências: nossa prática terá alguma importância para pessoas que não sejam membros da companhia?
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Quando sugeri a oficina para o projeto pensava que sim. Agora, como tudo na minha vida, não sei. Penso que se ao menos conseguirmos demonstrar como acontecem as formações das personagens no processo de construção da pequena já estaremos auxiliando os operadores a gerar uma relação de causa e efeito – tendo em vista que os participantes terão contato como a obra (espetáculo) e seus mecanismos de construção (oficina). Mas o motivo da postagem é levantar a questão para futuras reflexões: temos algo essencialmente relevante para repassar?

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

E mesmo sendo um to(lo)do, sou em partes

Quando um ator alcança sua plenitude em estado de representação? Individualmente, tem papeis que me satisfazem, verdadeiramente. Diretor satisfeito e público convencido, também fortalecem a primeira acertiva, mesmo sabendo que existem verdades e verdades, perspectivas e perspectivas. Sei de toda essa história que fazem com que a gente nunca tenha uma crença sólida e profunda sobre algo. Sempre tem os senões. 
Ciclos como a vida, os papeis atribuídos pelo diretor têm princípio e fim, quando termina-se, definitivamente, a carreira da peça, do espetáculo. Alguma coisa fica com o ator e com seu público. Dia desses, no supermercado, um empacotador lembrou de Urubus e Pérolas. Eu me lembro dos espetáculos que fiz. Não sei a data de nascimento de minha mãe e nem o de falecimento de meu pai. Se pensarmos em níveis de importância, o espectador deverá ser uma espécie de termômetro para a insatisfação. Não a ausência dele, mas sim a sua presença consistente. Espectadores e espectadores. Quero ter os meus. Quero ter a todos eles como amigos, que são convidados a entrar em minha casa, a sentarem no chão e conversar sobre a vida. Quero essas pessoas completas para que juntos, possamos nos sentir incompletas gentes, em um espaço que jamais vai ser preenchido. Vazios não são faltas. Não faltam espectadores, mas sim espectadores. Teatro existe, o que não existe é teatro. 

E assim, um tolo escreve em partes.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Vale prêmio

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Passamos de oitenta seguidores! Vamos comemorar com prêmios: os próximos cinco comentários receberão gratuitamente um exemplar do livro Cinco Tempos em Cinco Textos (à venda na livrarias Poeme-se, Tambores e Leiamundo), lançado pela pequena editora de livros no último dia sete. Detalhe: os comentários não poderão ser referentes a este post. Deverão ser pertinentes a temas de postagens anteriores – como prova de que alguém lê – não se esquecendo de registrar o endereço de correspondência para o envio do livro. Nosso sistema permite acessar comentários por ordem cronológica, independentemente de em que postagem for feito o comentário.

Também receberão livros as próximas seis pessoas que se tornarem seguidores, levando o blog à incrível marca de noventa pessoas amigas que clicaram em “seguir” por compromisso e nunca mais apareceram!

É a pequena companhia de teatro fortalecendo seus laços internéticos e seu compromisso com a democratização desta opereta meia boca.

P. S.: Palavras do autor

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A improvisação: método e instrumento

Tendo o teatro o caráter do efêmero, e o drama grego equivaler à ação, é sensato crer que “o drama é a única forma mediante a qual podemos utilizar plenamente o homem na exploração de si mesmo, dentro do contexto de uma situação viva, e a experiência mais profícua dessa experiência deverá ser realizada através da improvisação”[1].

Lembremo-nos aqui que “a commedia dell’arte eleva a improvisação à categoria do artístico”[2], pois que “em oposição ao teatro literário, os cômicos dell’arte, do ofício, sustentavam que o autor é o ator”[3]. Então, em um dado momento, temos um ator, que é encenador e autor, de forma concomitante.

FO (2004) recupera, inclusive, a informação de derrubada da quarta parede pela dell’arte, quando diz: “Pois bem: a idéia de derrubar a quarta parede já obcecava os cômicos dell’arte[4]. E isso é importante na medida em que, quanto mais o ator se aproxima do público, mais terá a improvisação como instrumento.

Mesmo enquanto método, a improvisação serve para auxiliar na reconstrução da fabulação, anterior ao tempo da narrativa da peça “para investigar ações que o personagem não vive na peça (...) além de ajudar a localizar ações, intenções e subtextos”[5].

Quando o espetáculo estreia, e imagina-se que o encenador esteja satisfeito com o resultado, e os atores já com suas personagens modelares e compostas, a improvisação não deixa de ter espaço, principalmente em se tratando da importância que os espectadores têm no ato da encenação. E é esse espectador que vai alterar a ordem do espetáculo, mesmo que ele opte pelo silêncio. Ele, com sua intuição determinará o seu envolvimento.

O ator, incorporado com a necessidade de sentenciar indelevelmente o teatro enquanto efêmero, potencializando o tempo do agora, do é, será generoso se utilizar-se de sua intuição.

Entretanto, se colocarmos o espectador-atuante no mesmo nível de importância para a improvisação, há de continuar a sua eficácia: “Tudo isso aumenta o desconforto do ator, constrangido a ficar em guarda, vigiado por todos os lados ao mesmo tempo, acuado a descoberto”[6].

A beleza do teatro é a celebração entre atores e público. Ambos devem se dar esse direito.

[1] HODGSON, J. & RICHARDS, E., apud JANUZELLI, Antonio. A aprendizagem do ator. São Paulo: Ática, 1992. p. 63.
[2] CHACRA, Sandra. Op. cit. p. 225.
[3] Ibidem.
[4] FO, Dario. Manual mínimo do ator. São Paulo: Senac São Paulo, 2004. p. 120.
[5] BARBOSA, Zé Adão, CARMONA, Daniela. Op. cit. p. 96.
[6] ASLAN, Odette. Op. cit. p. 183.

domingo, 16 de janeiro de 2011

A estética do feio – primeiras impressões

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O belo é esteticamente óbvio. Adoro o feio. O assimétrico. Toda forma disforme é absolutamente perfeita na sua desordem caótica. O feio instiga com maior vigor do que a passividade do belo. O feio acorda. O belo adormece. Somos conduzidos a ver de maneira padronizada. Nosso olhar viciado é escravo da simetria, da perfeição. Imperfeito. Feio é o que se é. O que somos. Como somos. Cromossomos. Nossa feiúra brilha quando não é camuflada com a maquiagem opaca do belo. Quando a cortina se abre, beleza demais enjoa – a cortina se fecha e o feio ainda pede reflexões. O trabalho da pequena favorece a aceitação do feio e não cai no equívoco de tentar torná-lo belo. Falo do feio como adjetivo positivo: a estética do feio substituindo a cosmética do belo.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Flecha e as tragédias do ser

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O jornal O Estado do Maranhão publicou um comentário de André Lisboa sobre o livro Cinco Tempos em Cinco Textos, dramaturgia reunida de Marcelo Flecha, lançado dia 07 de janeiro na Oficina Escola. Para acessá-lo clique no diário do André ou na foto abaixo. Para adquirir o livro, envie um e-mail para contato@pequenacompanhiadeteatro.com. .

Chuva, suor e vinho

O melhor leitor do nosso lançamento foi Ubiratan Teixeira. Suas palavras descrevem o que foi a noite:


“Lançamento de livro, para mim, é algo semelhante ao ritual promovido pela parturiente até meados dos anos 50 do século passado reunindo em torno de sua cama os parentes e as pessoas gradas para apresentar seu pimpolho quando servia um cálice de vinho moscatel.

Nos lançamentos de livros, muitos vão para filar o grogue e o dicumê, outros para se exibirem diante das câmeras de televisão e microfones das raras emissoras de raio, um razoável número dos presentes comprará a obra considerando que é chique ficar na fila do autógrafo, mas raros a lerão.

Não sou fanzoca de lançamentos por essas e outras circunstâncias: o rango é péssimo e as presenças geralmente azedas e depois, conhecendo meu povo como conheço, mesmo havendo exceções excepcionais, sei quem produz o quê e por que.

Conhecendo o trabalho de ourivesaria que Marcelo Flecha desenvolve no teatro, encarei o temporal que desabava sobre a cidade na noite e na hora do lançamento deste precioso “Cinco Tempos em Cinco Textos” e me dei infinitamente gratificado por lá ter ido. O ambiente era saudável e descontraído, tudo informal, lá estavam as pessoas despidas dos preconceitos e dos gestos mesquinhos, gente que fala minha própria língua; pessoas com o olhar saudável sobre nosso mundo, velhos parceiros que não via fazia largos tempos, antigos “amores” encastoados nos meus sentimentos mais nobres, imagine o leitor aquela zona sem atropelos!

Boaes, Mariano, Dyl Pires, Gilson Cesar, Jeane, Lúcia, todas as lúcias, todos os souzas, e pedros e glórias, dezenas de nomes e rostos amigos que não os via desde o século passado, abraços autenticamente fraternos, apertos de mãos sem nojo, nada daquelas palmadinhas despidas de calor & vida nas nossas costas e mãos molengas e sem tato; e, sem falar no autor, figura imprescindível, também essa criatura que está se tornando tão especial para a história cultural do Maranhão, que é Bruno Azevêdo me obsequiando de cara com o que presumo ser sua última produção literária, o romance fastifud “O Monstro Souza" (Pitomba, São Luís/2010, próximo capítulo do meu Hoje é dia de...).

“Cinco Tempos em Cinco Textos” desmente o que o autor andou falando, já em esperta defensiva, em uma entrevista que o próprio concedera ao nosso assanhado editor do Alternativo, de que depois de ícones como Brecht, Shakespeare, O’Neil, Ibsen era temeridade encarar o gênero: se seguisse esse raciocínio a dramaturgia mundial não teria hoje esses personalíssimos (re)criadores e outra centena deles, considerando que já havia acontecido os gregos Sófocles, Eurípedes e Aristófanes. Os cinco textos de Marcelo Flecha incluídos nesse volume seriam assinados por qualquer um desses “tolos” que fizeram – e fazem – a história do teatro planetário, Artaud (criador da Crueldade, onde não havia nenhuma distância entre ator e platéia – mais ou menos aquilo mostrado na noite de lançamento), Ionesco, Beckett, Genet, Stoppard: autores incluídos na categoria de criadores que aceitavam o princípio defendido por Grotowski pra quem cenários, figurinos e luzes são apenas armadilhas desnecessárias ao significado central que o teatro pode gerar.

Marcelo Flecha completou seu ciclo; pertence à família: pode permanecer sem susto.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Deixe que digam, que pensem, que falem - 7


Roberta Gomes/IMirante comenta sobre o lançamento do livro de Marcelo Flecha. Para acessar o portal e ler a matéria, clique aqui.

Abaixo, a íntegra dela.

Cinco textos em Cinco tempos é lançado hoje, 
por Marcelo Flecha

Considerando-se até pretencioso e com um certo medo do registro, o dramaturgo Marcelo Flecha, da Pequena Companhia de Teatro, enfrenta esses sentimentos e lança o seu primeiro livro: "Cinco tempos em Cinco textos". A publicação, fruto de um projeto aprovado pelo Prêmio BNB de Cultura 2010, reúne os cinco textos teatrais de Marcelo, produzidos de 2003 a 2009.

"Distorções de um dia interminável", Memórias de um mau-caráter", "Dois", "Privada" e "Clausura" mostram algumas reflexões do dramaturgo ao longo desses seis anos. "Apenas um texto desses cinco já foi encenado [Memórias de um mau-caráter]. Os outros são inéditos.[...] Como ator e diretor, sempre gostei do efêmero, daquilo que fica no imaginário, no momento, na lembrança. Sempre tive muito medo do registro. Quando o projeto foi aprovado que resolvi reler os textos", revela Marcelo Flecha.

Para o dramaturgo, o ato de publicar é um ato de pretensão. "Diante de tantos escritores clássicos e magnifícios, você publicar alguma coisa é muito pretencioso", afirma. Sobre estar com os livros nas mãos, vendo a sua obra publicada, ele comenta. "É muito doloroso, mas vale pelo processo de contribuição para a sociedade. Com o livro, estamos ajudando a democratizar o conhecimento". Dos livros impressos, 500 exemplares serão distribuídos gratuitamente.

E para quem nunca leu um texto teatral, Flecha aconselha. "Acho interessante que esse leitor não tenha medo da construção literária do teatro. É diferente, mas é bom para conhecer essa dinâmica. Vale experimentar pelo menos uma obra!".

O lançamento de "Cinco tempos em Cinco textos" será lançado nesta sexta-feira (7), às 19h, na Ofina Escola, na Praia Grande (em frente ao Terminal da Integração). E quem estiver presente terá a oportunidade de rever cenários das peças "O Acompanhamento", "Entre Laços" e "Pai e Filho", ouvir leituras de "Dois", com Jorge Choairy e Marconcine", além de degustar queijos e vinhos. "Queria isso, um lançamento informal, livre para receber contribuições artísticas e sem mesa de autógrafos!", completa Marcelo Flecha.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O ator, esse ser invertebrado

O trabalho de composição do ator, numa perspectiva da representação preconizada pela antropologia teatral, implica a plena convicção, para o ator, do tipo de teatro que se quer fazer levando em consideração, principalmente, todo o processo, e não tanto o resultado final, que certamente será consequência do traçado escolhido.

Então, o itinerário será importante porque ele é o aprendizado do ator, e como cada ser é único — e na contemporaneidade há uma multiplicidade de sentires, de culturas, quer ocidentais quer orientais, um turbilhão de informações —, o ator-compositor deverá exigir-se um rigor a partir do seu olhar, já que esse processo de trabalho, de treinamento, é individual, mesmo que em dado momento seja significativo a participação de outros atores, numa perspectiva de construção coletiva, de partilha e envolvimento — de acordo com cada projeto de montagem.


Quando esse posicionamento se estabelece, o ator percebe que não está só. Mesmo com informações provenientes de seu ser, ele tem interferência do espaço que o cerca, dos atores que estarão envolvidos com ele, com seu encenador, com o público. Essa percepção recupera a ideia de energia. Se o ator não perceber que absolutamente tudo interfere no seu processo, na qualidade de energia que desprende e manipula, e não ter rigor com o seu fazer, certamente não haverá verdade, tão pouco vida em sua cena.

Independente das matrizes que utilizar, de jogos teatrais ou técnicas, as energias e o rigor devem ser considerados em todo o treinamento. O debruçar-se sobre ele é que dará um retorno acerca dos procedimentos adequados ou não ao que se pretende, já que hoje não se aceita mais uma única verdade, mas sim as verdades possíveis de serem observadas, de serem aferidas.

A composição do ator e o procedimento adotado para a composição de uma partitura, possibilita um aprimoramento do conhecimento do próprio corpo do ator, seus limites, flexibilidade, massa, seu grau de concentração e envolvimento a partir da generosidade criativa disponibilizada; reconhecimento de sua capacidade em organizar conceitos e formular hipóteses; analisar o seu próprio fazer, dialogando consigo e com o outro; trilhar uma alternativa de processo do início ao final dele, analisando-o à luz das teorias teatrais existentes.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Um rascunho, um esboço, um vazio

Eu sou ator. Escrevi um texto teatral (não há drama; não há essa intenção). É o segundo, acho. Compartilho.


O ASNO, A CARROÇA E O LONGE

Personagens:

Homem
Mulher
O tempo

O tempo: Se me tens como inimigo, perceberás que a guerra estabelecida não será por mim instituída. Digladiar é para os fortes, assim como a morte está para os fracos filhos de Eva.

Mulher: Tomas a mim, mortal insepulta, como todas de minha espécie. Para de sussurrar a decomposição de si por sobre aqueles que jamais, jamais serão seus aliados.

Homem: Amigo, pousa sobre mim a sua mão. Faça-se aliado dos que buscam a esperança abissal de um esquálido aspargo cultivando em terra infértil. Mate a seiva fácil.

O tempo: Abraço o sim tanto quanto o não é rejeitado. Se calo é porque a sujeição vem funérea e natimorta passível de devorar, incomensuravelmente, o livro das horas. Negue-se à escrita e feneça.

Mulher: Não concebo a guerra de nervos nem a paz coloquial de fétida boca indigesta. Degluto a saliva no vento e giro ponteiros neutralizados pela dor de um hiato submisso.

Homem: Sinto-me confuso entre a retidão da linfa que se mostra e o sangue que ferve em seu esconderijo labiríntico. Minha angústia, mulher, é perceber-me no tempo.

O tempo: Apaguem as lembranças, desacreditem nas projeções, parem de respirar e sintam a fortaleza e a agonia dos ponteiros. Entreguem o pó ao vento e a carne, putrefata, aos vermes. Não tenho domínio de mim.

Mulher: Sou, enfim, liberta de ti. Devoram sofregamente minha seiva e repercute, em mim, a troca natural das cinzas e do pó. Diluo-o no outro que me consome.

Homem: Quero refletir o que fui, debruçar sobre ti as agruras do mundo, sentir a carícia tempestuosa do vento e ver, reflexo no espelho, os olhos da multidão perdida em vasto tempo; sentencio-me em tuas linhas meu encanto.

Fim

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Prêmio SATED


A pequena companhia de teatro foi a grande vencedora do Prêmio SATED – MA de Artes Cênicas 2010. Das oito indicações que recebeu ganhou os prêmios de Melhor Figurino, Melhor Cenário, Melhor Ator (Cláudio Marconcine), Melhor Produção, Melhor Direção e Melhor Espetáculo. Na ocasião, o diretor Marcelo Flecha anunciou o embrião da próxima montagem: "Velhos Caem do Céu como Canivetes" – inspirada no conto "Un Señor Muy Viejo com Unas Alas Enormes", de Gabriel García Márques – além de divulgar o lançamento da sua dramaturgia reunida que ocorrerá nesta sexta na Oficina Escola, em São Luís.