quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Reconhecimento, fama e fortuna

Ser artista. Dizer-se um requer certo estofo. Eu cá sempre tenho minhas dúvidas sobre ser artista, sobre o que produzo ter qualidade, sobre estar satisfeito com tudo o que me cerca e me alimenta. Existem duas referências possíveis para que eu me questione ou não: o que vem de dentro e o que vem de fora. Quando alguém diz que gostou do meu trabalho, preciso crer, inicialmente, que essa pessoa está sendo sincera. Acredito na humanidade, mas dizem que pessoas adoram mentir, fazer fita. Quanto sinto uma satisfação ela é sempre sensorial, e mesmo que haja interferências externas, sou eu e meu universo que dizem que estou bem. Sempre é muito pessoal. Já ouvi muita coisa e algumas delas mexem um pouco comigo, fazem com que eu aguce algumas partes adormecidas ou esquecidas, como a necessidade de reconhecimento e do vil metal.

Nunca saberei se estou no caminho ideal. Posso saber se o que faço me satisfaz e seduz, as motivações de continuar ou alterar o ritmo do caminhar. Tudo continua muito subjetivo; as interferências são sempre diferentes, e as conclusões serão sempre passíveis de amparo.

Eu sou um tolo, e já me convenci disso. Gosto de sê-lo. Assim, posso falar besteiras, ser ridicularizado, perdoarem-me por dizer/fazer tolices. 

O homem comum fala, o sábio escuta, o tolo discute, já dizia um provérbio oriental. 

Sou ocidental. Das duas, uma: ou sou homem comum, ou sábio. Com medo de errar, vou ficar com a segunda opção.

3 comentários:

Marcelo Flecha disse...

A segunda opção lhe cai bem.

Luciana Duarte disse...

Você não é tolo? como assim? Para mim os três lhe cai bem rsrsrsrsrs

Jorge Choairy disse...

Não é porque eu tô perto de mim, mas...