Projeto gráfico de Raquel Noronha
“Qual o destino deste ser-cérebro achacado pela incerteza do haver? Dúvidas desatadas, infernais – de trilhos tortos, e escuridões cruas – multifurcam a reta orientadora. O livro – o filme – a peça – a música, a dor do dizer sem saber ler – ver – fazer – ouvir. Tudo de uma só vez. Torpor, no redemoinho da luz, soca o futuro no saco do passado e nada mais é. Sortes, coincidências e esperas conduzem o meio homem à falência e o (des)norte "carnifica" o desespero do desconhecimento. Sabedor do nada, conhecedor de coisa alguma, fazedor de vazios camuflados: o não ser é o ser de quem não é. Apelativos trocadilhos, no jogo da falta, desviam a impossível transformação das agonias mentais em obras. A obra sempre aniquila a crueza do dizer; vilipendia, maltrata, adorna e consagra a estupidez da inconsistência. Seria só uma desatenção da lógica e o fato havido. Mas, com a implacável custódia, o médio prevalece para motorizar nossa repetição e vitalizar a dissimulada dor da incompetência. Sobra o fim, e, de tão distante, não sobra nada.”
5 comentários:
nossa...quero muito ler!!!!!!!!!!!!!!!!
to muito curiosa pra ler essa obra reunida!!
Que suas palavras voem para longe!!!!
Só pela sua dúvida já tenho vontade de ler e você sabe disso. Abraço, hombre.
Adoro dúvidas e incertezas, mas as vezes elas nos enchem o saco. Bom, é claro que quero esse livro pra mim... Obrigado por ter a coragem de publica-lo. beijos.
Publicar um livro não deixa de ser um ato mutilador... mas aí não se sabe se o pedaço de carne que saiu foi o pior ou será o melhor... puta angústia essa hein!? Deixemos os outros, que degustarão, dizerem.
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