Sou inquieto e angustiado. Tudo para mim tem que ter motivação, embasamento, justificativa, objetivo. Algumas questões são formalizadas internamente, outras não.
Ator pode ser pesquisador e refletir seu processo, mesmo não tendo referenciais teóricos ou o aval da academia - espaço privilegiado de discussão.
Meu temor sempre foi a esterilidade de um processo inquestionável e de um teórico distante da prática que se tenta justificar.
Por isso, há uma certa insatisfação no fazer quando ele não nos convence - mais no resultado do que no processo.
Enquanto Aristóteles se exigia uma justificativa para a existência do teatro ensimesmado, nós buscamos relacionar o teatro com a filosofia, sociologia, pedagogia para nos convencer da necessidade do nosso trabalho.
A urgência da discussão do processo que me encontro hoje, no teatro, vai ter que esperar: o filho me chama.
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