quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A(gosto) de deus

Trecho do texto "Dois", de Marcelo Flecha

A Pequena Companhia de Teatro foi convidada para participar do Festival Agosto de Teatro, em Natal, promovido pelo governo do estado do Rio Grande de Norte. A atividade está meio controversa, pois alguns grupos de Natal não tiveram suas inscrições aceitas, e alguns de fora do estado foram/estão sendo convidados. Outros potiguares não foram selecionados. Notícias correm. E gente de teatro conhece gente de teatro. 

Estou lendo a boneca do livro que Marcelo F. irá publicar através do edital BNB/BNDES de Cultura. "Dois" é um texto que fará parte do livro. Trata de dois atores que põem em xeque o seu fazer. Num desses questionamentos, eles analisam a inexistência de público, o desinteresse deles pelas escolhas da dupla. 

Quanto tempo faz que não me apresento, não ensaio, não estou em processo de montagem? A sensação é de 5 vidas e 2 dissabores. 

O convite para a apresentação caiu como um unguento na ferida pútrida. Sensação de desconforto com as animosidades dos outros? Onde não há política ou politicagem? Qual a postura de quem é e de quem está? E esse público interessado, existe? E a participação dele nesse jogo de interesses? Sinto saudades da minha ingenuidade e ignorância. Vou sugerir aos amigos de Natal um protesto idêntico ao que fizeram em Presidente Prudente (quer saber mais, clique aqui).

Sinto-me capaz, neste instante, de fazer meu ofício, posicionar-me politicamente fazendo meu discurso, no palco, enquanto ator. Meu público é aquele que me assiste, aqui ou lá. Vamos com fé. Ficamos a pé eu e meu umbigo.

domingo, 26 de setembro de 2010

O miolo da estória


Lauande e a Literatura Viva

Sábado, dia 18, fui ver o último espetáculo solo de Lauande Aires. É sempre bom ver nossos amigos em cena, principalmente quando a encenação é contundente. Não vou aqui fazer nenhuma crítica aprofundada, não é meu ofício, mas quero registrar minhas impressões. Gostei muito. Vi em cena uma ator íntegro, consciente e bem preparado. A narrativa me envolveu e cheguei a me emocionar em vários momentos. Também dei boas risadas. Os únicos pontos que me fizeram distanciar da cena foram a iluminação – não me agradou, as transições – há algo nelas que não dão a fluidez necessária para o desenrolar da ação, e a traquitana da cena final – tem tudo para ser bela, mas precisa ser melhor resolvida. No mais, é lindo, comovente, lúdico, coerente e – em tempos de discursos vazios – político, sem ser panfletário; ainda que eu não incorra no equívoco de achar que o “ser panfletário” seja um defeito. O solo também serve para reforçar meu parecer sobre a cena teatral maranhense em relação à produção Brasil afora. Estamos fazendo. Quão todos. Nem pior nem melhor. Competentemente quanto.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O teatro que se pretende teatro

Uma velha discussão, um novo (sic) teatro, um ser humano (humano?) que se apresenta em vísceras, em músculos, em ossos, em energia, em tudo-o-que-se-possa-presentificar-um-estado-de-representação-e-de-ser. É assim que me sinto com minha arte, com minha vida (há alguma diferença na idealização de ambos?). Quando pego um texto dramático ou pós-dramático (risos), tento observar em quais aspectos meus dizeres se encaixam. Eles nunca se encaixam (ao menos não deveriam), pois o aspecto representativo é como pedra-de-toque: necessário estar atento às armadilhas do texto literário. Será?

É falso querer desvencilhar-se delas (das armadilhas). Teatro é conflituoso ao extremo. Estamos sempre à beira do abismo esperando sucumbir. É assim que o teatro, enquanto arte, imita a vida: em sua brevidade, em seu instante mágico e completo na sua incompletude.

Ouço as batidas de Molière. Ou seria a campainha, avisando que alguém está à porta? E assim, a crise do teatro atoral se confunde com a desorientação de um homem.

domingo, 19 de setembro de 2010

Programa BNB de Cultura 2010


A pequena companhia de teatro se prepara para o lançamento do livro Cinco Tempos em Cinco Textos, dramaturgia reunida de Marcelo Flecha que foi contemplado pelo Programa BNB de Cultura 2010 para publicação.
   

O lançamento, ainda em estudo, apresentará a exposição dos três últimos cenários da pequena – O acompanhamento, Entrelaços e Pai & Filho – e a leitura dramática do texto Dois, com Jorge C. e Cláudio M. Completam a publicação os textos: Distorções de um dia interminável, Memórias de um mau-caráter, Privada e Clausura.


No cardápio, uma degustação de queijos e vinhos ao som do DJ Choairy tentará aproximar os convidados do ambiente cotidiano com que Marcelo recebe seus amigos em casa. A informalidade, marca da companhia, do autor e do DJ, será a tônica da noite que ainda não tem local definido para acontecer.

 

O livro terá distribuição gratuita para aqueles que apresentarem o convite de lançamento na entrada. Além dos convidados receberão o livro gratuitamente, companhias de teatro, docentes do curso de Artes Cênicas da UFMA, docentes do CACEM, bibliotecas públicas, bibliotecas universitárias, biblioteca do CACEM e docentes de arte das redes de ensino. Esta ação faz parte da contrapartida apresentada pelo projeto como forma de democratização do seu conteúdo.

esboço da capa
Aldo Leite, Gilberto Freire de Santana e Fernando Yamamoto são os responsáveis pela apresentação do livro que deverá ser encaminhado para a editora ainda em outubro.

Sobre o Quadro de Antagônicos



Tento responder, simplificadamente, algumas perguntas que recebemos sobre a metodologia da pequena companhia de teatro. O conceito e a aplicação do Quadro de Antagônicos podem ser resumidos, em ritmo de blog, da seguinte maneira:

Descrição técnica: Instrumento que apresenta dez pares de antagônicos como sugestão de experimentação físico-energética para o ator, composto das seguintes palavras antagônicas a receber representações físicas: tensão x relaxamento, dilatação x retração, mínimo x máximo, velocidade x lentidão, força x fraqueza, masculino x feminino, peso x leveza, agilidade x dureza, gueixa x samurai e contenção x expansão.

Objetivo pré-expressivo: Explorar o corpo do ator. Descobrir, perceber, experimentar e exercitar, condições físico-energéticas contidas na potencialidade do operador, ainda não exploradas. Multiplicar as opções de treinamento pessoal do ator através da compartimentalização da liberdade física.

Objetivo expressivo: Construir o perfil físico-energético de uma personagem.

Aplicação pré-expressiva: divide-se a sala em quatro quadrantes de uma circunferência imaginária, e escolhe-se um antagônico para cada quadrante onde os atores experimentarão seu corpo migrando de quadrante em quadrante utilizando o conceito de oposição para o aperfeiçoamento do seu repertório.

Aplicação expressiva: Nos mesmos quadrantes, a experimentação se dá na busca de um “antagônico guia” para uma personagem em construção e a percepção de tantos outros “antagônicos contaminadores” que sejam necessários para a formação do perfil final da personagem.

Influências teóricas: Grotowski. Barba. Artaud. Decroux. Meyerhold...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A pesquisa do ator

Sou inquieto e angustiado. Tudo para mim tem que ter motivação, embasamento, justificativa, objetivo. Algumas questões são formalizadas internamente, outras não.

Ator pode ser pesquisador e refletir seu processo, mesmo não tendo referenciais teóricos ou o aval da academia - espaço privilegiado de discussão.

Meu temor sempre foi a esterilidade de um processo inquestionável e de um teórico distante da prática que se tenta justificar.

Por isso, há uma certa insatisfação no fazer quando ele não nos convence - mais no resultado do que no processo.

Enquanto Aristóteles se exigia uma justificativa para a existência do teatro ensimesmado, nós buscamos relacionar o teatro com a filosofia, sociologia, pedagogia para nos convencer da necessidade do nosso trabalho.

A urgência da discussão do processo que me encontro hoje, no teatro, vai ter que esperar: o filho me chama.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Sobre Pai & Filho no FNT



Não vou democratizar meu parecer mais aprofundado sobre a apresentação de Pai & Filho no FNT, mas conto que foi uma bela apresentação. Com amigos na plateia parece que tudo fica mais bonito (falo da presença da Cia A Máscara). A montagem ficou perfeita para o Teatrinho Rachel de Queiroz e o não abarrotamento de gente – aproximadamente cem pessoas, como no TAA – facilitou para que uma boa atmosfera se estabelecesse. De mais grave, apenas uma dilatação maior do que o normal do tempo total da cena, mas compensada com uma maior percepção e fruição do dizer. Não que um justifique o outro. Minhas dúvidas sobre a trilha incidental ainda permanecem, e, desta vez, toquei e operei da cabine técnica, em posição mais discreta que as anteriores, assim como havia acontecido em Riachão.

No dia seguinte, confesso, fiquei um pouco desapontado com o debate realizado com os três especialistas, convocados para a discussão dos espetáculos. Talvez porque o tempo do debate tenha sido compartilhado com o espetáculo Milagre Brasileiro. Aquela discussão mais aprofundada não se deu. Esperava uma avaliação mais meticulosa, a revelação de equívocos ou acertos argumentados, uma discussão de signos, símbolos, metodologia – a velha particularização da generalização de que tanto falo. Foi bom: elogios, críticas construtivas, apontamentos variados, sinalizações, mas foi pouco. Não que o espetáculo mereça maior atenção, mas tivemos decupagens mais instigantes aqui na nossa aldeia, por fazedores e teóricos menos reconhecidos, não menos competentes, porém mais comprometidos. Claro que também é natural, afinal, aqui estávamos em casa, com nossos conhecidos, mas acho que o apreciador deve dispor-se e despir-se independentemente de qualquer circunstância externa. Acho que estavam cansados. Mas gostei dos três. De uns mais do que de outros. Quem são eles? Armindo Bião, Tiago Fortes e Zeca Ligiero, não necessariamente nessa ordem de afinidade artística.

domingo, 12 de setembro de 2010

A pequena no FNT

Cansei vocês com a última postagem, não? É que teorizar um pouco às vezes faz bem. Depois é só negar tudo o que se escreveu e pronto, como FHC – leiam, por favor, a ironia do comentário.

Infelizmente a conexão com a internet em Guaramiranga foi meio problemática e não pude realizar o diário como havia prometido. Já estamos de volta. Lá encontramos a
Cia. A Máscara de Teatro. Companhia dos amigos queridos Luciana, Jeyzon, Damásio e em especial, Tony Silva, com a qual completo, em 2011, dez anos de amizade. Deus Danado, espetáculo que dirigi com eles em 2007, também estava no festival, o que me tornou um diretor privilegiado: estar no XVII Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga com dois espetáculos. Como o mundo é pequeno, também ancorou por lá o grupo Harém, do querido amigo Pellé – sempre uma conversa agradável – e Márcio Marciano, do Coletivo de Teatro Alfenim, reencontro agradável e imediato depois de tê-lo conhecido no FENTEPP, mês passado. Do festival, confesso, minha velhice me obriga a reclamar um pouco das acomodações e da alimentação. Tenho consciência de que é assunto menos importante, mas fica o registro. Do que interessa – e que abordei nos comentários sobre o FENTEPP – a iniciativa do festival de Guaramiranga de garantir a permanência dos coletivos durante todo o festival para que um encontro mais intenso aconteça não se efetiva. Somente algumas companhias, incluindo a nossa, permaneceram durante todo o festival com a maioria dos seus membros. Pena, porque o festival mereceria dos grupos uma maior atenção nesse quesito, como retorno pela generosidade e hospitalidade que a mostra oferece. Da produção apresentada destaco uma leitura dramática (Os Mansos) do Curso de Artes Cênicas ICA-UFC/CE. Claro que com dois espetáculos no festival, tive que me privar de ver alguns, entre eles, Milagre Brasileiro, do Coletivo Alfenim, muito comentado e que tinha muita vontade de assistir. Outro destaque do festival, além de Pai & Filho e Deus Danado (risos) foram os debates. Um espaço matutino para a discussão sobre os espetáculos apresentados no dia anterior: espaço inteligente mantido pelo festival como principal referência da mostra. Somam-se aos debates, oficinas e seminários não menos importantes. Resumindo, o Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga é um excelente fórum sobre a cena nordestina contemporânea e propicia ao artista um sonho de consumo: viver teatro durante uma semana, numa cidade aconchegante, bela, fria, regada a fondue e vinho. De Pai & Filho falo depois, já que esta postagem está ficando tão longa quanto a última.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Pai & Filho no VII Festival Nordestino de Teatro


Cheguei de Juazeiro do Norte - CE ontem, dia 09 (quinta-feira). Lá, encontrei atores, atriz, produtor de teatro e música, musicista... artistas. Dois dias conversando sobre a vida, sobre o teatro, sobre a nossa incapacidade de compreensão e resolução das inquietações de gentes e de grupos.

Aqui em Guaramiranga - CE, no VII Festival Nordestino de Teatro, revejo amigos como Mário Filho, que me iniciou na mímica Decroux; conheço Ricardo Guilherme, o criador do Teatro Radical; revejo gentes de Jampa - PB e do país de Mossoró - abraçar Jayzon, Luciana, Tony Silva e Damásio é sempre prazeroso (Cia. A Máscara de Teatro),  e vejo teatro. Teatro?!

Estou pegando a mania ruim do Jorge C.: dormir assistindo a espetáculos teatrais. O que não me instiga, me enfada. A exigência que me imponho, reflete no outro que assisto. Estranho isso. Enquanto vou apurando minha técnica vou me chateando com a imperfeição do mundo. Pensar para agir concretamente virou ato de destruição. 

Aquetar um pouco o facho. Relaxar nas cadeiras desconfortáveis de teatros, ônibus e aviões e ver que o mundo não é somente o teatro que fazemos - infelizmente.

domingo, 5 de setembro de 2010

O papel da dramaturgia do ator


.

rusgas e rugas, nas fotos de Ayrton Vale

Quando a pequena companhia de teatro fala da dramaturgia do ator não fala em tornar o ator um escritor de textos teatrais ou um encenador. Esse equívoco, recorrente na esfera teórica, entorpece o sentido de um ator-criador. Relega-o a uma categoria menor – como se o resgate viesse através do selo de escritor ou encenador. Não. O ator, sendo escritor ou encenador, não será necessariamente um ator-criador, um compositor de dramaturgia a partir do ator. Essa dramaturgia se dá através do treinamento, da representação, da construção da personagem, do tratamento dado ao processo criativo.

Claro que só poderei exemplificar através da nossa prática e digo: o pai, do espetáculo Pai & Filho, está além do discurso escrito, além do cenário, além da marcação. Quem constrói a narrativa pregressa da encenação e, por consequência, guia o espectador para o progresso da narrativa, são as rugas do pai, aquelas que estão lá na impressão do espectador, mesmo que não estejam fisicamente. É o peso do pai. É o perfil de um pai que consigo carrega toda a história do mundo. É o encafuar-se do filho, com seus ossos frágeis, mesmo não estando à mostra. Essa construção dramática se dá na esfera do ator. Do treinamento do ator. Pai & Filho é o espetáculo desse pai e desse filho. Como encenador, eu não conseguiria reproduzir o espetáculo em nenhuma outra situação que não com esses dois atores, porque a criação deles está intrinsecamente ligada a cada dizer ou movimento que demarca a existência da ação.

A dramaturgia do ator extrapola o texto, extrapola a encenação, ela diz – na marca dos seus corpos – da existência do invisível. É essa dramaturgia que torna viva, através do “ser presente”, toda a informação negada no teatro pelo “agora”. Ela caminha paralelamente à dramaturgia do texto ou à dramaturgia da encenação e é responsável pela formalização do dizer. Quando construídas simultaneamente, a dramaturgia do ator modifica e dá novo sentido à da encenação, gerando melhor conteúdo – ela constrói um dizer dramático a partir da sua prática.

Exemplo: na cena da refeição, quando pai e filho sentam-se à mesa para jantar, nem o texto, nem a encenação sugeriam a infantilização do filho, que, no entanto, enriqueceu a narrativa, com seu ser birrento e ensimesmado, trazendo a lembrança original de Kafka, quando narra as refeições na sua casa em tempos de infância oprimida. Aqui estamos falando da dramaturgia do ator, através do seu treinamento, do exercício de construção de um “eu, contudo de filho” – não na construção do texto, nem no pensar a cena dessa forma, e sim na construção de um ser que traz consigo a história desse filho, através do que vemos de músculos, marcas, formas e rusgas (de novo, só que diferente) aquelas que estão lá na impressão do olhar do espectador, mesmo que não estejam fisicamente. Se o ator se torna escritor – mesmo construindo o texto através de exercícios de improvisação –, pensa a encenação como mecanismo de instrumentalização do dizer literariamente produzido, mas ainda assim se submete a uma construção frágil da personagem, poderá ser um excelente encenador ou dramaturgo, mas continuará sendo um ator estéril que extrai sua dramaturgia somente do texto e não do ator, já que a matéria prima do ator-compositor é seu corpo e não sua caneta.

No nosso caso, seria oportuno indagar, se as encenações não se dão da harmonia entre as diferentes dramaturgias geradas durante a construção. E aqui somaríamos à dramaturgia do ator, do encenador e do autor, as dramaturgias do cenário, da luz, da cor, da dor... Lembrando que, para dizer, não existem só as palavras.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Diálogos


Penso que casamentos funcionam quando ambos têm o mesmo ideal. Teatro é igual a casamento. Os ideais são os mesmos. Tudo se foca em direções que os olhares de todos perseguem. Pai & Filho é a primeira montagem 100% Pequena. Nela, temos nossos corpos e almas não entrelaçados - isso foi no espetáculo anterior - mas, se sedimentando num casamento arranjado. Tudo é descoberto a partir do manejo, do desejo. Trabalhamos para colocar comida dentro de casa, sofremos pela distância de alguns com uns outros, apreciamos um bom-vinho-quase-não-tão-caro e temos gostos diferenciados em algumas questões. É que o ideal é ser diferente. Perceber que o teatro que laboramos é compartilhado com todos os que fazem é o prazer maior daquele que sempre perseguiu uma completude que jamais se efetivará. Teatro é ilusão. Ideal é ilusão. Percorrer, não. Ter a efemeridade como referência para sentir-se vivo é negar a inexatidão do tempo. Mesmo assim, continuamos a registrar o processo em diários, blogues, filmagens e fotografias, tentando, em vão, distanciarmo-nos daquilo que nos une. Irônico isso. A foto acima é de autoria de André Lucap. Da esquerda para a direita vemos Marcelo F, Claudio M. e Jorge C.