quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Solidão prudentina

Foto Fernando Martinez
Dias de solidão e teatro. Conversas esporádicas com Márcio Marciano e Kil Abreu pontuam a solidão e servem para constatar que a produção teatral maranhense não existe para o Brasil se ela não circular. Em tempos de internet e suas mirabolantes redes sociais o isolamento nas aldeias continua o mesmo que vivi nos anos oitenta no interior do Maranhão. Não estou falando aqui da produção da pequena companhia de teatro. Estou falando da inexistência de qualquer referência teatral sobre qualquer produção maranhense dos últimos dez anos em qualquer um dos papos. Lembrando que as conversas são com um crítico atento à produção nordestina e com um encenador instalado na região há alguns anos. Há referências à produção recente do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, enfim, referências ao nordeste, do qual não fazemos parte. Referências também à produção do Norte, do qual também não fazemos parte. Nosso pertencimento regional é tão confuso que me pergunto se, morando no Maranhão, sou mesmo Brasileiro. E para mim, um estrangeiro em qualquer parte, isso toca fundo, mas é menos importante. Importante é circular para podermos recolocar a produção do Maranhão no Mapa do Brasil.

3 comentários:

XICO CRUZ disse...

Eu sei dessa solidão, em mim é desesperador, é aflição. Sinto-me isolado do mundo teatral, perdido em meus desejos de fazer teatro, de apresentar teatro, mas estou no maranhão e isso responde muita coisa.

lauandeaires disse...

percebi isso após algumas viagens. Certa vez, em São paulo, conversando com um amigo nosso, hoje conceituado e respeitado, ouvi que felizmente o Maranhão estava retornando ao cenário nacional.
êpa- disse-lhe. Receber não é fazer parte! Precisamos sair dessa condição de platéia(e mal comportada diga-se de passagem) e pensar nossos espetáculos para além do cachê garantido. Na verdade , precisamos do caprichoso! E eu sei do que estou falando...

Cláudio Marconcine disse...

que maranhão? que brasil? que nordeste? que planeta? cadê o meu umbigo?