segunda-feira, 7 de junho de 2010

E lá vamos nós!

                                                                                                             foto Ayrton Vale
Quinta-feira embarcaremos para Imperatriz. Sexta, sábado e domingo, Pai & Filho no Teatro Ferreira Gullar. 20hs. Entrada franca. Depois, Balsas e Riachão. Na viagem seremos três personagens à procura de um ator no bom e velho Ford KA. As personagens? Katia, Jorge e eu. O ator? Cláudio.








Santa Inês /Indo para São Bento

Já estive nas duas situações: já morei no “interior” e recebi espetáculo da “capital” e já morei na capital e viajei com espetáculos para o interior. “Nunca” circulei do interior para a capital. No Maranhão, a relação entre capital e interior sempre foi muito problemática. São Luís se sente o próprio estado e só lembra que o interior existe quando alguma produção precisa circular para receber recursos. A via raramente é de mão dupla. Raramente projetos do “estado” pensam na produção realizada no interior circulando pela capital, ou entre os próprios municípios do interior. A pequena companhia tem uma proposta afetivamente ligada ao interior do estado (a palavra “interior”, que tanto odeio, se repetirá aqui umas quinhentas vezes). Desde a sua fundação, todos os espetáculos circularam pelo estado independentemente dos recursos recebidos, e, em alguns casos, custeados pela própria companhia. Os Espetáculos O Acompanhamento, Entre Laços e Pai & Filho incluíram cidades do interior nas suas temporadas de estreia e projetos como o da Literatura Viva já foram desenvolvidos em outros municípios maranhenses. Também já recebemos em São Luis grupos do interior do Maranhão e do Rio Grande do Norte, mas em todos os casos havia uma afinidade de proposta ou um vínculo afetivo muito grande. E é nisso que acreditamos – estou tendo certa dificuldade em falar na primeira pessoa do plural porque o "fogo amigo" de Cláudio frequentemente vem me desdizer como companhia, mas falo por mim e falo como membro fundador da pequena companhia de teatro (risos). Acreditamos que as relações precisam se estabelecer também de maneira afetiva (como o próprio Cláudio comenta na postagem do dia 27 de maio) e somente assim se solidificarão. Se a circulação não é uma alternativa para a troca de experiências e discussão dos diferentes fazeres e só se efetiva quando se precisa justificar um projeto, em nada se avança. Foi com projetos de circulação entre Balsas e Imperatriz que, há vinte anos, conheci duas das pessoas mais importantes na formação do meu fazer. Circulemos pelo nosso estado com o coração aberto.






São José de Ribamar /Bacabal

2 comentários:

Cláudio Marconcine disse...

um cara, necessitando acender seu cigarro, aproxima-se de um transeunte: - me empresta um fogo, amigo?!

circular: 180 ou 360º?

marcelo, eu preciso saber qual vinhos eu devo comprar... me sinto tão abstêmio... e o seu duplo? tem notícias?

Giba disse...

Meu amigo,como seguidor silencioso, estou na espectativa de saber como foi em Imperosa. Quanto ao escrito, concordo completamente. Co-assino com orgulho.